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A tendência de chuva para o Brasil Central é muito ruim nos próximos sete dias com o padrão de tempo muito seco e quente persistindo, o que sinaliza para uma piora ainda maior da crise hídrica nos reservatórios das usinas da bacia do Rio Paraná que respondem por grande parte da geração hidrelétrica do país. O Brasil passa pela pior crise hídrica em 91 anos, de acordo com análise do Operador Nacional de Sistema (ONS).

Com a persistência do tempo seco, a temperatura segue muito alta. O estado de Goiás teve uma quinta-feira escaldante com marcas ao redor e acima de 40°C em algumas cidades. No município de Goiás, a máxima ontem foi de 41,1°C, a maior marca de 2021 até agora. Desde o dia 3 deste mês a temperatura máxima tem ficado entre 38ºC e 40°C, ou seja, já são 13 dias consecutivos de calor intenso na região. Em São Miguel de Araguaia, a temperatura máxima foi de 40,1°C, a maior do ano até agora também na cidade, que desde 4 de setembro tem registrado tardes muito quentes com máximas entre 38 e 40°C.

O calor intenso é resultado de muitas semanas sem chuva sob a influência do ar seco que tipicamente predomina nesta época do ano. Segundo a rede de dados do Instituto Nacional de Meteorologia (INMET), desde o mês de junho o estado de Goiás não registra um evento de chuva mais volumoso e abrangente. A longa sequência de dias de sol e com baixa umidade propicia picos de calor.

O mapa acima com a projeção de chuva para os próximos sete dias do modelo meteorológico alemão Icon, disponível ao assinante na seção de mapas com até quatro atualizações diárias, mostra que a tendência não vai mudar. Grande parte do Centro-Oeste do Brasil seguirá sem chuva e apenas partes do Mato Grosso devem ter pancadas e ainda por cima isoladas. A chuva tende a se concentrar no Sul do Brasil, onde pode ter altos volumes em diversas cidades, e em áreas costeiras do Sudeste.

No Sul do Brasil, a tendência é de dois episódios principais de chuva. O primeiro entre hoje e amanhã que atingirá mais a Metade Norte do Rio Grande do Sul e Santa Catarina. O segundo, por uma frente quente, trará chuva forte e volumosa com temporais entre domingo e a segunda-feira no Oeste, no Centro, no Sul e o Leste gaúcho com ar muito quente no Noroeste gaúcho e no Oeste de Santa Catarina e do Paraná.

No Sudeste do Brasil, a maior parte da região segue com tempo seco. Muito baixa umidade e forte calor persistem no Norte de São Paulo e no Triângulo Mineiro, por exemplo. Na cidade de São Paulo, não existe perspectiva de nenhum evento de chuva expressiva nos próximos sete dias e o máximo que deve ocorrer são períodos de maior nebulosidade com precipitação passageira de baixos volumes. A cidade do Rio de Janeiro igualmente terá muitos dias de sol e nuvens e escassos momentos de tempo fechado e instável nos próximos sete dias.