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A pressão atmosférica atingiu hoje na Mongólia valores extraordinariamente altos e, se corretos, em níveis jamais registrados pela Meteorologia no planeta e recordes mundiais. Meteorologistas descreveram a pressão atmosférica hoje na Mongólia como “insana”. 

Dados divulgados pelo serviço meteorológico do país asiático apontaram pressão atmosférica de 1090,4 hPa em Gandan Huryee, 1091,3 hPa em Nömrög, 1091,7 hPa em Bayan-Uul, 1092,4 hPa em Bayanbulag, 1093,6 hPa em Tosontsengel, 1094, 3 hPa em Tsetsen Uul e até 1094,9 hPa em Bajdrag!

A grande questão é se o comitê de recordes da Organização Meteorológica Mundial validará tais dados porque muito acima dos recordes mundiais. A Mongólia uma vez relatou pressão de mais de 1090 hPa durante uma onda de frio em 2016, mas os dados não foram reconhecidos. À época, uma estação chegou a reportar 1.098,2 hPa. Para hoje, a análise da Agência Meteorológica Japonesa (JMA) indicava 1.084 hPa. A pressão extremamente alta acompanha uma excepcional onda de frio na região, sobretudo na Sibéria.

Recordes mundiais de pressão alta

Para se ter ideia, a pressão média ao nível do mar é de 1013 hPa. Um anticiclone polar de 1070 hPa é extraordinário. As massas de ar frio mais intensas que avançam pela América do Sul e chegam ao Sul do Brasil com ar gelado costumam ter valores ao redor de 1040 hPa e que mais raramente se aproximam de 1.045 hPa.

Às 12UTC, 9h de Brasília, em 31 de dezembro de 1968, a pressão no centro de um imenso anticiclone sobre a Sibéria chegou a impressionantes a 1083,8 hPa em Ágata, na Rússia. A marca foi autenticada pela Organização Meteorológica Mundial como recorde mundial de pressão atmosférica mais alta já registrada no planeta em altitudes inferiores a 750 metros.

Sete estações meteorológicas registraram pressões superiores a 1.070 hPa, indicando que a pressão registrada em Ágata estava de acordo com a situação geral da área. Este recorde foi reavaliado em 2012 após um evento de alta pressão em 2001 na Mongólia. 

Como resultado dessa investigação, a categoria de “pressão de superfície mais alta” foi reestruturada em duas classificações distintas: acima de 750 metros e abaixo de 750 metros. Por causa dos vieses potenciais (por exemplo, suposições de taxa de lapso padrão) associados às reduções do nível do mar de elevações acima de 750 metros, foi a opinião da Comissão de Climatologia da OMM que os registros para pressão ajustada do nível do mar fossem segregados entre as estações acima de 750 metros e aqueles abaixo de 750 metros seguindo as diretrizes estabelecidas da OMM para cálculos de redução ao nível do mar.

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O recorde de pressão atmosférica ajustada ao nível do mar em altitudes acima de 750 metros autenticado pela OMM se deu em 30 de dezembro de 2004 em Tosontengel, na Mongólia, onde o barômetro apontou 1.089,1 hPa. A estação está a 1.724,6 metros acima do nível do mar.