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Por que houve tantos e violentos vendavais no Rio Grande do Sul?

Primeiro, era uma situação esperada. Ainda no sábado manifestamos em texto intitulado “por que nos preocupa o risco de vendavais” a nossa grande preocupação com o cenário que se esboçava para o domingo com um centro de baixa pressão a Leste do Rio Grande do Sul precedendo a chegada da frente fria.

Parque da Fenatrigo em Cruz Alta foi arrasado pelo vendaval da tarde do domingo

A combinação de pressão atmosférica excepcionalmente baixa com avanço de frente fria trouxe muitos temporais, alguns destrutivos, A pressão caiu abaixo de 1000 hPa de forma generalizada e desceu a 994 hPa em Porto Alegre e a 988 hPa em algumas estações do Vale do Taquari, valores que raramente se viu na história recente e que de tão baixos são vistos em centros de furacão categoria 1 no Atlântico Norte.

Pressão muito baixa é sinal de forte instabilidade e acentua o risco de vento forte, como a MetSul alertava. Foi o que ocorreu. As rajadas medidas por estações atingiram quando da chegada da frente 128 km/h em Tupanciretã, 118 km/h em Soledade, 110 km/h em Cruz Alta, 108 km/h em São Borja, 107 km/h em Porto Alegre, 94 km/h em São Luiz Gonzaga, e 85 km/h em Uruguaiana e Quaraí. Outras cidades sem estações também tiveram vento acima de 100 km/h. Com a ventania houve danos em diferentes municípios e caiu granizo em diversos pontos do Estado.


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