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Porto Alegre foi assolada no final da tarde e começo da noite de domingo pelo pior temporal na cidade desde o arrasador da noite de 29 de janeiro de 2016. O vento provocou estragos do Sul ao Norte da cidade com queda de árvores, graves danos na rede de energia, colapso de edificações e estruturas, destelhamentos, quebra de vidros e vitrinas, e outros estragos. As rajadas de vento chegaram a 87 km/h no Cais Mauá, 95 km/h no Aeroporto Salgado Filho e 107 km/h na estação do Jardim Botânico. Choveu 30 mm em uma hora, o que trouxe alagamentos.

O temporal foi resultado do avanço de uma frente fria em um ambiente de pressão atmosférica muito baixa. Antes da chegada da frente, o Aeroporto Salgado Filho tinha só 994 hPa de pressão atmosférica, um dos valores mais baixos que já observados na cidade em décadas. Quanto menor a pressão, maior a instabilidade e o potencial para vento forte a intenso em caso de temporal.

Fernando Mainar

Thomas Adamski

Ricardo Filippon

A tempestade severa de 1º de outubro de 2017 foi menos violenta na área central de Porto Alegre que a de 29 de janeiro de 2016, entretanto foi mais abrangente por ter atingido toda a Capital. O motivo para a diferença está nos fenômenos. Em janeiro de 2016, houve um ou mais downbursts (correntes descendentes de vento violentas) que afetaram mais a parte Central e Leste da cidade. Os extremos Sul e Norte quase nada tiveram à época, de acordo com levantamento da MetSul que mapeou mais de dois mil pontos de danos. Já no temporal deste domingo, o que afetou a cidade foi uma frente de rajada com vento linear destrutivo, o que fez com que os danos fossem observados em todas as regiões da cidade. Porto Alegre teve o seu terceiro grande vendaval em dois anos. Antes, além do evento de 29 de janeiro de 2016, outra tempestade severa com vento castigou a cidade na noite de 14 de outubro de 2015.


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