O mapa abaixo mostra a disponibilidade de umidade no solo hoje no Cone Sul. Como se vê, a seca é severa em muitas áreas da Argentina e do Uruguai. Em algumas áreas argentinas, a estiagem deste verão é descrita como a pior em setenta anos. Parte do Rio Grande do Sul também tem baixos índices de umidade no solo por conta da estiagem. O que chama a atenção dos meteorologistas da MetSul é a perspectiva do padrão de chuva escassa ou abaixo da média não se alterar tão cedo. A seca vai se prolongar.

Modelos de clima com tendências para seis a nove meses indicam que a maior parte do primeiro semestre seria de chuva abaixo da média na Argentina, Uruguai e Rio Grande do Sul. O Norte gaúcho seria área em que os volumes de precipitação seriam mais satisfatórios, mas igualmente com períodos secos. Abril e maio, historicamente, são meses de médias climatológicas baixas de chuva. Buscando análogos históricos, há grande semelhança, por exemplo, com 2006. Naquele ano, a estiagem foi muito mais forte na Metade Sul que em outras regiões e Bagé, como agora, racionou água. Grande parte dos meses de 2006 anotou chuva abaixo da média. Modelos de clima com projeções para até doze meses sinalizam que no segundo semestre a chuva aumentaria no território gaúcho.