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O local mais nevado do mundo pode ser o Campo de Gelo Patagônico Sul, no Chile, onde a neve ultrapassa 50 metros anuais. Essa região isolada recebe intensa precipitação devido aos ventos úmidos do Pacífico.

A corrente de jato influencia diretamente essa neve extrema, transportando tempestades do oceano para as montanhas da Patagônia. O ar úmido resfria ao subir, formando grandes volumes de neve ao longo do ano.

Descubra as regiões mais nevadas do planeta, como o Campo de Gelo Patagônico Sul, e entenda os fatores que contribuem para essas impressionantes precipitações de neve.

Crédito: JIJI PRESS/AFP/METSUL/ARQUIVO

A falta de estações meteorológicas na região dificulta medições precisas, mas estudos indicam que o glaciar Pio XI pode acumular mais de 57 metros de neve anualmente, um recorde impressionante.

Explorar o Campo de Gelo Patagônico Sul é arriscado. Pesquisadores enfrentam temperaturas extremas, ventos intensos e tempestades de neve que podem durar dias, tornando o resgate desafiador.

O fenômeno do “whiteout” é comum nessa área, onde a neve suspensa reduz a visibilidade a quase zero. Os fortes ventos também aumentam a infiltração da neve, tornando a sobrevivência ainda mais difícil.

Outras regiões também registram nevascas impressionantes, como as montanhas Chugach no Alasca, as montanhas da Costa do Canadá e o Himalaia, onde o Monte Everest acumula camadas significativas de neve.

No Japão, a cidade de Aomori está entre as áreas urbanas mais nevadas do mundo, devido ao encontro do ar frio siberiano com as águas quentes do Mar do Japão, gerando intensas tempestades.

Além da Patagônia, os Alpes do Sul, na Nova Zelândia, também acumulam neve em grande quantidade, influenciados pela umidade do Oceano Pacífico e o relevo montanhoso.

Outros locais nevados incluem Kamchatka, na Rússia, e ilhas do Oceano Antártico, onde tempestades oceânicas despejam neve em áreas praticamente inabitáveis, criando paisagens cobertas de branco o ano inteiro.

As descobertas sobre os lugares mais nevados do mundo foram possíveis graças a avanços na reanálise atmosférica, que utilizam dados de satélites e medições climáticas para mapear a história das nevascas globais.