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Uma impressionante onda de calor vem castigando há dias a região da Patagônia, no Sul da Argentina, com extremo de temperatura que superam os 40ºC. Repete-se neste começo de 2023 o que já havia ocorrido no ano passado, nesta mesma época, quando cidades da região patagônica enfrentaram marcas excepcionalmente altas.

De acordo com dados do Serviço Nacional de Meteorologia da Argentina, as temperaturas máximas no domingo atingiram 43,6ºC em San Antonio Oeste, 41,0ºC em Neuquén e Rio Colorado, 40,1ºC em Viedma, 49,5ºC em Trelew e 39,0ºC em Maquinchao que é a estação que costuma ter as menores mínimas do país.

O calor já vinha sendo extremo nos dias anteriores na zona patagônica, no Sul da Argentina. No sábado, as máximas chegaram a 41,9ºC em San Antonio Oeste. Na sexta, a mesma localidade da Patagônia teve 42,5ºC.


Por que tanto calor? A resposta está em um padrão de onda longa na atmosfera junto à América do Sul. No início do ano, uma massa de ar frio alcançou o Sul do Brasil com geada no Rio Grande do Sul e em Santa Catarina. A onda com o ar frio avançou até o Sudeste e está sobre o oceano com um centro de alta pressão, levando umidade e temperatura baixa no Sudeste.

Com a onda subindo até mais ao Norte na costa brasileira, opera-se o inverso no interior do continente com ar mais quente avançando para o Sul até o extremo Sul da Argentina, onde as máximas na Patagônia extrapolam os 40ºC. A temperatura nos dois dias do fim de semana bateu em 26ºC em plenas ilhas Malvinas, no extremo Sul do Atlântico, marca superior ao que se anotou na cidade do Rio de Janeiro.

A Argentina vem sofrendo com sucessivas ondas de calor. Os meses de novembro e dezembro tiveram duas ondas de calor de grande intensidade no território argentino com a quebra de dezenas de recordes de temperatura máxima. Um estudo de atribuição mostrou que o evento de calor extremo da virada de novembro para dezembro foi oitenta vezes potencializado pelas mudanças climáticas.

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