O começo do ano letivo na rede pública de ensino foi adiado por decisão judicial, depois cassada em recurso, por efeito da primeira onda de calor que afetou o Rio Grande do Sul na primeira metade de fevereiro. Agora, com uma segunda onda de calor, e que vai ganhar força nesta semana, muitos pais se perguntam se haverá uma mudança no cronograma escolas e se as aulas serão de novo suspensas.

SEDUC
A resposta é: as aulas estão mantidas. Não há decisão nem judicial nem administrativa pela Secretaria da Educação do Rio Grande do Sul que determine mudança no calendário escolar por este novo episódio de calor intenso a extremo no estado.
Na última semana, o CPERS oficiou a Secretaria Estadual de Educação (SEDUC) cobrando ações para garantir a segurança de toda a comunidade escolar e a suspensão das aulas presenciais nestes dias.
O Sindicato também solicitou uma reunião com a Seduc para exigir soluções imediatas às demandas relacionadas à estrutura das escolas. “O governo precisa apresentar um plano emergencial para climatização e a ventilação das instituições de ensino da rede estadual, além de orientações sobre o uso de roupas leves, alimentação saudável e hidratação”, destacou o sindicato dos professores.
O governo do estado informou que as aulas estão mantidas e que conversará com os representantes dos professores sobre as demandas em torno das condições em sala de aula em dias muito quentes.
De acordo com ofício da Secretaria da Educação, as coordenarias regionais de educação têm a possibilidade de antecipar ou adiar o horário de entrada e saída para evitar os momentos mais quentes do dia, suspender as atividades físicas, evitar práticas pedagógicas em ambiente externo em horários de pico de calor e reorganizar o formato das aulas; ampliar acesso à hidratação, adaptar o cardápio da merenda escolar e reorganizar atividades ao ar livre, priorizando espaços cobertos e ventilados.
Na última onda de calor, em que o começo das aulas foi adiado, o governo do estado reconheceu que a grande maioria das escolas não tem aparelhos de ar-condicionado em sala de aula para fazer frente ao excessivo calor.
A Secretaria da Educação informou que das 2.320 escolas mantidas pelo governo do Rio Grande do Sul, somente 633 têm aparelhos de ar-condicionado, número que corresponde a pouco mais de um quarto dos estabelecimentos de ensino.
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