O Rio Grande do Sul torce por água em meio a um prolongado período de chuva abaixo da média com a estiagem que dizima lavouras e baixa a níveis críticos os rios com desabastecimento de água e risco de mortandade de peixes. Na mesma região Sul do Brasil, não muito longe do Norte gaúcho, imagens de água abundante.
Desde o fim de semana está aberto o vertedouro da usina de Itaipu Binacional, o que atraiu muita gente para a ver o espetáculo das águas vertendp. As comportas foram abertas no início do sábado e devem continuar o escoamento por mais uma emana. O fluxo de água é de 1.400 m³ de água por segundo, a vazão média das Cataratas do Iguaçu.
Milhares de turistas e moradores de Foz do Iguaçu (PR) visitaram a usina de Itaipu para ver o show das águas produzido pela abertura do vertedouro da Itaipu, que não operava desde outubro de 2021.
O Complexo Turístico Itaipu chegou a fazer uma operação especial com um ônibus exclusivo saindo do Centro de Recepção dos Visitantes direto para o Mirante do Vertedouro.
A abertura das comportas foi necessária para dar segurança à barragem da Itaipu, devido ao aumento do nível do reservatório causado pelas chuvas acima da média ao longo do mês de janeiro. Em muitas bacias do Brasil, planos de controle de cheias e vertimento já estão sendo acionados, como o que vem acontecendo nas usinas do Rio Madeira, no complexo Belo Monte, e nas bacias do Rio São Francisco e do Rio do Grande.
“Depois da crise hídrica que vivemos em 2020 e 2021, tivemos, ao longo de 2022, uma recuperação significativa dos reservatórios da Região Sudeste, que fica acima do reservatório da Itaipu”, explica o gerente do Departamento de Operação do Sistema, Rodrigo Pimenta.
De acordo com ele, como não há demanda energética no Brasil e no Paraguai, a água não é utilizada para produzir energia e, por isso, é vertida. No fim de semana, estavam em funcionamento quinze unidades geradoras e quatro estavam disponíveis para entrar no sistema assim que necessário. Uma estava parada para manutenção.