O mais novo satélite meteorológico da NOAA, a agência oficial de tempo e clima do governo dos Estados Unidos, teve nesta quarta-feira a sua primeira imagem divulgada nesta quarta, menos de duas semanas depois do lançamento do equipamento em órbita. A imagem mostra o fluxo de vapor d´água (umidade na atmosfera) em todo o planeta no dia de ontem.

A imagem foi obtida pelo instrumento Advanced Technology Microwave Sounder (ATMS) a bordo do satélite NOAA-21, que capturou sua primeira imagem global ontem, doze dias após o lançamento com sucesso da Base da Força Espacial Vandenberg, no estado da Califórnia.

Originalmente conhecido como JPSS-2, o satélite foi oficialmente renomeado como NOAA-21 no início desta semana, seguindo as convenções de nomenclatura da NOAA (Administração Nacional de Oceanos e Atmosfera) para satélites em órbita polar.

O dado divulgado hoje marca a primeira de uma série de imagens dos quatro instrumentos do NOAA-21 que serão liberadas pela NOAA antes que o satélite entre em modo operacional completo. O ATMS é um sensor chave usado para modelos numéricos de previsão do tempo, o que vai melhorar a qualidade dos prognósticos.

O instrumento ATMS fornece aos meteorologistas uma imagem global em 3D da temperatura e umidade da nossa atmosfera, as informações mais fundamentais necessárias para os modelos climáticos que prevêem o tempo diariamente e alertam sobre furacões, inundações, secas, ondas de calor, tempestades de neve e outros eventos extremos.

Como o ATMS observa a Terra na porção de micro-ondas do espectro eletromagnético, o sensor vê através das nuvens como um raio-X, permitindo enxergar a estrutura da atmosfera sob essas nuvens e dentro das tempestades.

O ATMS trabalha em estreita colaboração com o instrumento Cross-track Infrared Sounder (CrIS) do satélite para fazer medições detalhadas das condições atmosféricas, como temperatura e medições de vapor de água, necessárias para gerar previsões meteorológicas extremas com dias de antecedência.

Os dados do sensor ATMS também contribuem para registro global de medições atmosféricas que remonta há 40 anos. Esses dados são usados ​​em modelos climáticos para ajudar a entender como nossa atmosfera vem mudando ao longo do tempo.

“Esta informação é usada para determinar as condições iniciais para modelos numéricos de previsão do tempo para fornecer previsões precisas para o futuro”, disse Satya Kalluri, cientista do Programa Conjunto do Sistema de Satélite Polar. “Os dados também são usados ​​para medir a precipitação, a intensidade do furacão e a temperatura da superfície”, explicou.

Juntos, a NOAA e a NASA supervisionam o desenvolvimento, lançamento, teste e operação de todos os satélites do programa Joint Polar Satellite System (JPSS). A NOAA financia e gerencia o programa, as operações e os produtos de dados. Em nome da NOAA, a NASA desenvolve e constrói os instrumentos, naves espaciais e sistema terrestre, e lança os satélites, que a NOAA opera.