“Montanhas” de neve cobriram as ruas de Moscou após uma forte nevasca que quase paralisou a capital russa | NATALIA KOLESNIKOVA/AFP/METSUL METEOROLOGIA

A capital russa, Moscou, acordou ontem coberta de neve, com camadas de mais de 30 centímetros que afetaram o tráfego terrestre e aéreo, segundo as autoridades. O centro meteorológico de Fobos disse em um comunicado que “raramente na história da Meteorologia local foram vistos montes de neve desse tamanho” nas ruas de Moscou.

A prefeitura de Moscou informou que mais de 119.000 pessoas e mais de 12.500 veículos foram mobilizados para limpar ruas, calçadas e estações de transporte cobertas de neve. “É um apocalipse de neve: em Moscou há uma tempestade [tão grande] que você não pode andar nem dirigir”, relatou o canal de televisão estatal Pervy Kanal.

“Há tanta neve que vários ônibus estão bloqueados nas estradas (…) e os passageiros desesperados descem para continuar a viagem a pé”, comentou a Ren-TV. Mais de 50 voos foram cancelados nos aeroportos da capital russa devido ao mau tempo, informaram as autoridades aeroportuárias. A nevasca em Moscou foi favorecida por uma massa de ar do Ártico que trouxe temperaturas congelantes e que não ocorriam há décadas em pontos da Europa Ocidental.

Já no Oriente, o Japão segue sendo castigado por intensas nevascas favorecidas pela umidade que vem do Pacífico, o que resulta em quantidades recordes de neve em partes do país. As tempestades de neve começaram ainda na semana passada forçando as autoridades a emitir alertas de nevasca para muitas partes do país.1

Sukayu, na província de Aomori, conhecida como o lugar com mais neve no Japão, acumulou 145 cm de neve no solo até 15 de dezembro, representando 132% do normal. No mesmo dia, Shumarinai registrou 127 cm de neve no solo ou 117% do normal, e Hijiori 97 cm, que é 146% do normal. A neve pesada continuou caindo no fim de semana e neste começo de semana.