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Massa de ar polar ingressa pela fronteira com o Uruguai, onde em Livramento a manhã desta terça-feira tinha tempo fechado e frio típico de inverno | Fabian Ribeiro

Massa de ar polar começa a ingressar no Rio Grande do Sul nesta terça-feira, marcando o começo de uma sequência de dias que deve durar uma semana de temperatura mais baixa tanto à noite como durante o dia. A MetSul Meteorologia destaca que as máximas e as mínimas devem chamar atenção nos próximos dias com marcas menores do que vinha se registrando à tarde nos últimos dias.

Imagem de satélite do final da manhã mostrava a frente fria atuando no Rio Grande do Sul | SMN

Esta nova massa de ar frio é precedida por uma frente fria que traz aumento de nuvens e céu nublado a encoberto em grande parte do Rio Grande do Sul na manhã desta terça-feira. O sistema frontal, apesar de provocar muita nebulosidade, é de fraca atividade não causa precipitação na esmagadora maioria dos municípios gaúchos. Os poucos locais que tiverem precipitação vão registrar volumes ínfimos e em alguns até inapreciáveis, ou seja, sequer registram no pluviômetro.

Utilizando-se a métrica da temperatura em 850 hPa, a 1.500 metros de altitude, trata-se da incursão de ar frio mais forte ao alcançar o Rio Grande do Sul até agora neste ano, uma vez que os dados indicam marcas negativas neste nível de pressão pela primeira vez em 2021 em diversas cidades gaúchas. Apesar disso, esta massa de ar frio não deve trazer as menores temperaturas do ano em superfície na maior parte dos municípios, uma vez que não se espera um perfil seco da atmosfera nos próximos dias e, ao contrário, deve até voltar a chover no Rio Grande do Sul na segunda metade desta semana.

Sul gaúcho terá as noites mais frias com o ar polar

A influência desta nova massa de ar polar que começa a ingressar será mais sentida nos próximos dias no Sul do Rio Grande do Sul, já que na Metade Norte o resfriamento será menos acentuado em altitude a ainda haverá maior umidade na atmosfera e até mesmo com precipitação durante a segunda metade desta semana.

Regiões como a da fronteira com o Uruguai, da Campanha, o Sul gaúcho e a Serra do Sudeste, sob influência de ar mais gelado e seco, terão as menores mínimas com esta nova massa de ar polar. E na sexta-feira se espera ainda um reforço de ar polar, o que vai trazer noites ainda mais frias a partir do fim de semana. Marcas, em geral, de 1ºC a 3ºC são esperadas nestas regiões agora na segunda metade da semana, mas negativas em áreas da Serra do Sudeste. No fim de semana e na próxima semana, marcas perto de 0ºC ou abaixo de zero atingirão muito mais cidades, inclusive de baixa altitude ou ao nível do mar.

Já nas áreas de maior altitude do Nordeste do Rio Grande do Sul, logo os Campos de Cima da Serra, a região mais fria do Estado, as mínimas não devem ser tão baixas quanto no Sul gaúcho pela maior presença de nebulosidade e com chance de precipitação em alguns dias. Frio mais intenso à noite na região é esperado para a próxima semana. Mesmo assim mínimas perto de 0ºC em alguns pontos e de forma generalizada abaixo de 5ºC devem ser esperadas durante a segunda metade desta semana.

Máximas mais baixas à tarde

A combinação de ar polar de maior intensidade e da presença de nuvens em parte do Rio Grande do Sul nos próximos dias devem fazer com que as tardes fiquem mais frias e com marcas tipicamente invernais nos próximos dias, antecipa a MetSul.

Máximas ao redor ou abaixo de 15ºC serão a tônica dos próximos dias e do começo da semana que vem em muitas cidades gaúchas. Nos dias em que houver chuva, como se prevê para o final da semana e o próximo fim de semana em diferentes municípios, vão se elevar ainda menos.

Porto Alegre, por exemplo, vai tardar para voltar a ter registro de temperatura na casa dos 20ºC. Os dados indicam que somente nos dias 23 ou 24 deste mês a temperatura voltaria a alcançar os 20ºC com predomínio de máximas entre 15ºC e 17ºC nos próximos dias na Capital. A temperatura máxima média histórica de Porto Alegre em junho é de 19,2ºC pela série histórica 1961-1990, logo serão quase dez dias a partir de hoje com máximas à tarde abaixo da normal histórica do mês.