Maior geleira da Itália colapsou em meio a uma forte onda de calor com vítimas | Corpo Nazionale Soccorso Alpino e Speleologico – CNSAS/Divulgação

Pelo menos cinco pessoas morreram e oito ficaram feridas depois que parte de uma geleira se rompeu nos Alpes italianos neste domingo (3), disse uma porta-voz dos serviços de emergência. “Infelizmente, cinco pessoas foram encontradas mortas”, disse Michela Canova à AFP. O porta-voz indicou também que havia oito pessoas feridas, mas que o balanço “ainda era provisório”.

A geleira faz parte da montanha Marmolada e está situada na cadeia montanhosa das Dolomitas. Dois dos feridos foram transferidos para o hospital Belluno, um para Treviso e cinco para Trento, disseram as autoridades, sem fornecer mais detalhes sobre a nacionalidade das vítimas.

Vários helicópteros participam das operações de resgate e vigilância. “Uma avalanche de neve, gelo e rocha atingiu a estrada de acesso no momento em que vários grupos de alpinistas estavam lá, alguns dos quais foram arrastados”, explicou. “O número de alpinistas afetados ainda é desconhecido”, acrescentou. La Marmolada é a maior geleira das Dolomitas, localizada no Leste dos Alpes.

O colapso da geleira ocorre na sequência de uma onda de calor excepcional que atingiu a Itália e outros países europeus no mês de junho. As temperaturas ultrapassaram 40ºC em grande parte da Itália. Roma atingiu uma máxima de 40,8ºC, a temperatura mais alta já registrada na cidade eterna, enquanto várias outras cidades italianas estabeleceram recordes mensais. O calor acompanha uma das piores secas do país em décadas com racionamento de água.

As temperaturas recordes foram geradas por ar quente que avança do Saara, avança pela Europa e ultrapassa o Círculo Polar Ártico. Vários outros países, incluindo as da Escandinávia, também experimentaram novos recordes mensais de temperatura.

A onda de calor é o mais recente de uma série de eventos extraordinários de calor neste ano e um dos vários que atormentam o Hemisfério Norte atualmente. O aumento das temperaturas globais elevou a frequência e a intensidade dos extremos de calor desde os anos 50, segundo o Painel Intergovernamental das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (IPCC).