A semana foi marcada pela umidade persistente que ora formara nevoeiros ora deixara o tempo encoberto e com garoa localizada. As regiões da Metade Leste e Norte do Rio Grande do Sul foram as mais afetadas pelo excesso de umidade do ar, no entanto são justamente essas as regiões que tiveram menos chuva neste mês de maio (pelo menos até agora). Hoje mesmo a Região Metropolitana teve início com denso nevoeiro que reduziu a visibilidade à apenas 50 metros no Aeroporto Salgado Filho prejudicando as operações de pouso e delocagem, assim como, prejudicando a visibilidade nas estradas.
Nevoeiro no Centro de Porto Alegre hoje por Alexandre Soares
Frase lida ontem na rede social Twitter: “Sol em Porto Alegre. Eu vi”. O sol até chegou a aparecer ontem e em outros momentos da semana, mas a frase reflete a percepção do público que os últimos dias foram marcados mesmo por muita nebulosidade e elevada umidade relativa do ar. Os altos índices de umidade, entretanto, não significaram muita chuva. Ao contrário, quase no final de maio, que é um dos meses menos chuvosos pela climatologia histórica anual, grande parte do Rio Grande do Sul está com precipitações abaixo da média no mês.
De acordo com dados do Instituto Nacional de Meteorologia, região que mais choveu até agora em maio foi nos municípios da fronteira Oeste e da Campanha, muito em razão de episódios de chuva forte que ocorreram no começo do mês. Em Santana do Livramento o INMET registrou, por enquanto, o maior acumulado de precipitação deste mês com um total de 165 mm, dos quais 94 mm ocorreram somente no dia 03. Em comparação com a média histórica, já choveu 33% acima do normal. Já nas áreas da Metade Leste e Norte apesar de uma sequência longa de dias úmidos, a chuva foi escassa e, por enquanto, não alcança nem sequer metade da média. Exemplo disso é Torres que acumulou apenas 14,6 mm desde o dia 1o. Analisando os dados de precipitação do INMET desde 1961, em maio de 1966 choveu apenas 5,1 mm em Torres, o mais seco da série histórica. Por outro lado, o mais chuvoso foi em 1976 quando choveu 416,8 mm no município. Em Porto Alegre a chuva tem sido escassa também e no Jardim Botânico o Inmet registrou apenas 33% do esperado para o mês.
Nos próximos dias, até o fim do mês, poderá voltar a chover no meio da semana que vem devido a formação de um centro de baixa pressão atmosférica, ciclone, contudo a posição deste ciclone (mais ou menos próximo do continente) será decisiva na possibilidade de chuva mais volumosa no Rio Grande do Sul. Por enquanto, prognósticos atualizados indicam que deverá chover pouco e, assim, não irá modificar muito o acumulado mensal que se apresenta até agora. Portanto, tudo indica que devemos encerrar o mês com chuva abaixo da média histórica em grande parte das regiões. De acordo com última saída do modelo GFS a previsão é de baixos acumulados de chuva até o fim do mês na Capital.
Em Santana do Livramento, na fronteira Oeste, onde a chuva foi mais abundante neste mês a prespectiva também é de pouca chuva até o término do mês de maio.