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Fotos e vídeos registraram o impressionante avanço de uma nuvem de tempestade pouco antes das 11h da manhã de hoje em Caxias do Sul, na Serra Gaúcha. A enorme nuvem do tipo prateleira, um Cumulunimbus, com nuvens baixas na sua parte frontal e condensação, avança sobre a área urbana da cidade e confere o aspecto de a cidade ter sido “engolida” pela nuvem.

Com a chegada da nuvem de tempestade, a visibilidade reduziu-se muito rapidamente e o dia virou “noite” em Caxias do Sul com a iluminação pública se acedendo. A chuva chegou com rajadas de vento e trovoadas ao município serrano do Rio Grande do Sul.

A estação meteorológica automática do Instituto Nacional de Meteorologia na cidade de Bento Gonçalves, perto de Caxias do Sul, registrou rajadas de vento de até 86 km/h na chegada da nuvem de tempestade à região da Serra Gaúcha.

Essas nuvens do tipo Cumulounimbus, que podem atingir enormes alturas, de dez a vinte quilômetros, podem ser densas o suficiente para bloquear a luz solar até certo ponto, causando um efeito de escurecimento do céu e o aspecto de noite em pleno dia. No entanto, o nível de escuridão experimentado durante uma tempestade não é equivalente às condições noturnas.

As imagens de satélite da manhã de hoje mostravam nuvens extremamente carregadas com topos apresentando temperatura de até -70ºC a -80ºC, significando que as suas alturas máximas eram muito altas, capazes de gerar bloqueio em grande parte da luz solar e o efeito de escuridão.

MORGANA TESTES

MORGANA TESTES

Houve o deslocamento de um sistema de tempestades com nuvens muito carregadas a partir do Oeste e do Sul gaúcho para o Centro do estado e na sequência para o Nordeste do território gaúcho, alcançando a Serra depois de passar pelos vales.

Uma bolha de ar excepcionalmente quente entre o Paraguai e o Centro-Oeste do Brasil, que trouxe calor de 44,5ºC ontem no Paraguai e 41,8ºC em Cuiabá (MT), alcança o Oeste e o Norte gaúcho. Este ar quente avança para o Rio Grande do Sul e o Noroeste gaúcho deve ter máximas de 36ºC a 39ºC neste sábado.

Uma vez que estas nuvens carregadas se formam numa atmosfera mais aquecida, cresce o potencial para tempo severo. Quanto mais quente a atmosfera, maior o risco de temporais. O ar quente que avança para o Oeste e o Norte gaúcho garante a energia para a formação de tempestades onde está a transição para ar mais frio, no Centro e em especial no Sul e no Leste do Rio Grande do Sul, o que inclui a Serra.

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