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ALEXANDRE AGUIAR/METSUL METEOROLOGIA

A MetSul Meteorologia obteve o registro de imagens feitas dentro do Cais Mauá no pico da cheia do Guaíba nesta quarta-feira. As imagens mostram as águas tomando conta do piso com o Cais Mauá e o Guaíba se tornando uma grande massa de água.

Assim como tínhamos feito em 2015, na grande enchente daquele ano, estivemos no Cais Mauá e obtivemos o registro da régua física, que ficou submersa pela primeira vez desde 1967, quando o nível passou de três metros. Com uma rudimentar medição usando uma trena, que indicou marcas ao redor de 3,15 metros, foi possível confirmar o dado da medição eletrônica.

Toda a extensão do piso do cais entre os armazéns e a Avenida Mauá estava inundado assim como o pórtico central do Cais. A água junto aos armazéns alcançava a altura da canela e o alagamentos se estendia do Gasômetro até o limite máximo de observação visual na altura da estação Mercado do Trensurb. Havia muito mais água acumulada que na cheia de 2015, quando o Guaíba transbordou pelas ondas e não pelo nível acima de 3 metros.

Veja imagens feitas no interior do Cais Mauá no começo da tarde de hoje durante o pico da cheia histórica do Guaíba em Porto Alegre.

O nível do Guaíba, conforme medição eletrônica da Secretaria do Ambiente no Cais C6, foi a 3,18 metros. O valor observado supera, assim, as cotas alcançadas nas duas maiores enchentes desde o trágico abril e maio de 1941: 3,13 metros em setembro de 1967, quando as águas chegaram até as avenidas Júlio de Castilhos e Borges de Medeiros, e os 2,97 metros em outubro de 2015.

Como no passado, em grandes enchentes, o intenso vento Sul associado a um ciclone na costa, que represa o Guaíba no Norte da Lagoa dos Patos, foi determinante para a súbita e acentuada elevação.

O nível que estava perto de 3,80 metros na medição do Cais Mauá no começo da noite de ontem se elevou rapidamente na madrugada e manhã de hoje até atingir os 3,18 metros entre o fim da manhã e o começo da tarde.