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Granizo é esperado no Sul do Brasil neste começo de semana | ALEXANDRE CLASSMAN/ARQUIVO

Granizo é o principal risco meteorológico em tempestades isoladas que se antecipa vão ocorrer no Sul do Brasil neste começo de semana, antecipa a MetSul Meteorologia. Embora haja a possibilidade de vendavais isolados, a ocorrência de granizo é muito mais provável.

Ar mais quente vai ingressar no Sul do Brasil entre esta segunda-feira e a terça-feira na sequência de um domingo que já teve forte elevação da temperatura com máximas que chegaram à tarde aos 30ºC em cidades da Fronteira Oeste e do Noroeste gaúcho.

Quanto mais quente a atmosfera, mais instável ela se torna sob a presença de umidade. Com o ar mais quente e mais úmido, assim, cresce o risco de temporais localizados de granizo nesta primeira metade da semana.

Nuvens muito carregadas vão se formar entre o Rio Grande do Sul e Santa Catarina com tendência de avançar para parte do Paraná. A instabilidade mais forte deve ocorrer no Oeste e no Noroeste gaúcho assim como no Oeste catarinense.

Na terça, nebulosidade de grande desenvolvimento vertical, logo propícia para gerar tempo severo, novamente vai se formar sobre o Sul do Brasil, especialmente na Metade Norte gaúcha, em Santa Catarina e parte do Paraná com maior risco de temporais em localidades mais a Oeste da região.

O granizo deve ser de pequeno tamanho ou miúdo na grande maioria das cidades em que o fenômeno for registrado, prevê a MetSul Meteorologia, mas adverte-se que em setores muito isolados há risco de granizo de tamanho médio a grande.

Dentro de uma nuvem Cumulunimbus de tempestade, partículas de gelo se formam a partir de água superresfriada. As partículas caem em direção à parte inferior da nuvem devido à força da gravidade, mas são forçadas a subir por oderosas correntes ascendentes de ar dentro das nuvens (updrafts).

Na parte superior da nuvem, eles encontram mais água superresfriada, que congela sobre as partículas de gelo, adicionando outra camada de gelo, o que se dá de forma repetida. Assim, os pequenos pedaços de gelo ficam cada vez maiores, tornando-se bolas de gelo, as pedras de granizo. As pedras de granizo finalmente se tornam pesadas demais para serem elevadas de volta ao topo da nuvem e caem em terra.

Devido à forma como se formam, o granizo tem uma estrutura em camadas, como uma cebola. Pedras de granizo realmente grandes se formam em nuvens de tempestade com correntes ascendentes excepcionalmente fortes, normalmente em nuvens com enorme desenvolvimento vértical de células intensas de tempestades.