Cidade de Nova York ainda tem na memória o trauma dos impactos da tempestade Sandy em 2012 | Thimoty Clary/AFP/MetSul Meteorologia

Furacão pode atingir a cidade de Nova York neste fim de semana. A tempestade tropical Henri está neste momento sobre o Oceano Atlântico, distante da costa, na altura dos estados da Geórgia e da Carolina do Sul. A tendência é a tempestade avançar neste sábado rumo ao Nordeste dos Estados Unidos enquanto deve ganhar força e se converter em um furacão com vento sustentado acima de 120 km/h.

Os alertas soaram entre os meteorologistas e as autoridades nesta sexta-feira a partir do momento em que os modelos numéricos mudaram muito as suas projeções.

Os dados que no fim de semana indicavam Henri permanecendo todo o tempo sobre o mar, sem alcançar a costa, gradualmente passaram a indicar que a tempestade poderia tomar um rumo mais a Oeste, aproximando-se da costa Leste dos Estados Unidos.

Nesta sexta, os dados passaram a apontar uma trajetória para o ciclone tropical ainda mais a Oeste com impacto direto na costa Nordeste dos Estados Unidos. Com isso, a região mais populosa do país entrou na rota direta da tempestade. O furacão pode tocar terra domingo em Long Island, Nova York.

A projeção do Centro Nacional de Furacões dos Estados Unidos não indica uma rápida intensificação do sistema e o prognóstico oficial do NHC sinaliza um furacão categoria 1 na cidade de Nova York.

Estados próximos como Nova Jersey e Connecticut também devem sofrer um impacto direto de Henri. Os alertas ainda apontam para a atuação do sistema na região da Nova Inglaterra, particularmente em Massachussets, onde está a cidade de Boston.

Além do vento e da chuva forte, o maior risco cm Henri para as áreas costeiras de Nova York e do Nordeste dos Estados Unidos é o de elevação da maré que deve inundar regiões perto da praia e ainda provocar erosão costeiras, o que pode levar ao colapso de estruturas como casas na beira do mar.

A população de Nova York e região ainda têm na memória a supertempestade Sandy de 2012 que trouxe graves conseqüências como blecaute em parte de Manhattan, inundações na ilha e nos boros da cidade, e ainda forte erosão costeira.

Pessoas permaneceram sem luz por semanas e até meses pela destruição da rede elétrica em pontos da região de Nova Jersey e Nova York, o que gerou imensas críticas às autoridades e empresas do setor elétrico à época.