O corredor de fumaça resultante de queimadas na região amazônica alcançou latitudes mais ao Sul que não havia atingido até agora nesta temporada de fogo. Imagens de satélite mostram que a fumaça que escoa para o Sul, transportada por correntes de vento, a Leste da Cordilheira dos Andes, alcançou o Norte da região patagônica da Argentina.
A imagem de satélite corrobora a projeção do modelo de dispersão de aerossóis do consórcio de monitoramento europeu. O modelo indicava que o corredor de fumaça, reforçado por queimadas na própria Argentina e Paraguai, avançaria nesta segunda metade da semana pelo interior do continente até muito mais ao Sul do que o habitual, alcançando até a parte mais ao Norte da Patagônia.
A tendência, com o avanço de uma frente fria, é que o ar fique limpo da fumaça – que não chega a ser densa, no Norte patagônico com a maior concentração pela situação pré-frontal sobre o Centro da Argentina, em particular na região da província de Buenos Aires.
O número de focos de calor detectado por satélite no bioma neste mês até o dia 24 já é o maior de toda a série histórica mantida pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais. O total até o dia 24 foi de 6.085 focos, superando o recorde mensal de 5.497, estabelecido em setembro de 2007. Por sua vez, o bioma Amazônia acumulou agora no mês até o dia 24 um total de 28.773 focos de calor, número muito abaixo do recorde do mês que é de 73.141, do ano de 2007.