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Incêndios atingem faz vários dias ilhas no delta do Rio Paraná, nas proximidades da cidade de Rosário, uma das maiores da Argentina e localizada na província de Santa Fé. Rosário (humo) ficou coberta pela fumaça das queimadas.

Consciência Ecológica/Divulgação

O número de incêndios está muito acima do normal na região neste ano. Até agora, em 2020, já foram registrados quase 2.600 focos de incêndio, superando o total anual de vários anos anteriores.

Estiagem e baixo nível do Rio Paraná contribuem para os altos números de incêndios

Segundo a meteorologista Cindy Fernández, do Serviço Meteorológico Nacional da Argentina, o prolongado nível baixo do rio Paraná pela estiagem, as altas temperaturas das últimas semanas e a falta de chuva recente podem ter influenciado na geração de um cenário favorável para os incêndios.

Os números alarmantes fizeram o Ministério do Meio Ambiente da Argentina declarar emergência ambiental na área. Segundo a resolução, todas as queimadas na região serão proibidas pelos próximos 180 dias. Além disso, a província de Entre Ríos deve fornecer “dados cadastrais e de propriedade de domínio para identificar os proprietários das áreas afetadas pelo incêndio”.

Por que os incêndios preocupam os argentinos?

Em abril de 2008, ocorreu uma série de focos de incêndio nas ilhas do Delta do Paraná que, em princípio, visavam queimar pastagens para adaptar os solos das áreas úmidas à atividade pecuária. No entanto, a escassez de chuvas durante esta época do ano tornou os incêndios incontroláveis, afetando mais de 70.000 hectares. 

18/4/2008

A nuvem de fumaça gerou a poluição do ar mais grave da história da Argentina, afetando a região Nordeste da província de Buenos Aires, incluindo a cidade de Buenos Aires, o Sul de Entre Ríos, Sudeste de Santa Fe, incluindo Rosario, chegando até Montevidéu e toda a costa do Uruguai. À época, o governo de Montevidéu orientou a população a ficar em casa e pessoas usavam máscaras nas ruas.