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Fotógrafa no município de Sobradinho e apaixonada por registrar fenômenos naturais, Iara Puntel fez neste domingo um dos mais incríveis registros desde que começou com o seu hobby de fotografia. Captou a estrutura de parede de uma enorme nuvem de tempestade que avançou pela cidade do Centro-Serra do Rio Grande do Sul.

IARA PUNTEL

Puntel registrou em foto a estrutura de um nuvem de parede (wall cloud), que se forma na base de uma tempestade severa. Está associada à corrente ascendente da tempestade e pode indicar o desenvolvimento em alguns casos de tornados. Seu formato característico lembra uma parede descendo da nuvem principal.

Essa formação ocorre quando ar úmido e quente é sugado para dentro da tempestade, resfriando-se rapidamente ao subir. Esse resfriamento provoca a condensação do vapor d’água, formando a estrutura que se assemelha a de uma parede. Se houver rotação na corrente ascendente, ela pode intensificar-se e gerar um tornado.

Uma nuvem deste tipo pode variar de tamanho e duração, dependendo da intensidade da tempestade. Se a rotação for significativa, os ventos podem organizar-se em um mesociclone. Essa rotação é essencial para a formação de tornados, embora nem toda nuvem deste tipo os produza.

Elas e desenvolvem em ambientes de forte cisalhamento do vento, onde há variação de velocidade e direção do vento em diferentes altitudes, como era o caso de hoje no Rio Grande do Sul com uma corrente de jato em baixos níveis. Essa mudança favorece a organização da tempestade em uma supercélula, aumentando sua intensidade.

Já as nuvens Cumulonimbus ao qual estava associada a nuvem em forma de parede são enormes formações convectivas, capazes de atingir em alguns casos a estratosfera. Elas têm formato de bigorna no topo devido ao ar quente ascendente que atinge camadas superiores e se espalha horizontalmente.

Essas nuvens se formam quando o ar quente e úmido próximo à superfície sobe rapidamente. Esse movimento ocorre por convecção, um processo comum em dias quentes e úmidos, quando o solo aquece o ar acima dele, tornando-o menos denso.

À medida que o ar sobe, ele se expande e esfria, provocando a condensação do vapor d’água e a formação da nuvem. Se houver umidade suficiente e correntes ascendentes fortes, a Cumulonimbus pode crescer e gerar tempestades intensas.

Esse crescimento vertical pode ser favorecido por frentes frias, que forçam o ar quente a subir abruptamente. Além disso, a presença de umidade em altos níveis da atmosfera contribui para o desenvolvimento da tempestade.

As Cumulonimbus podem produzir fenômenos extremos como granizo, ventos fortes e raios. Quando bem desenvolvidas, podem gerar tempestades severas, incluindo tornados, especialmente quando há uma nuvem em forma de parede presente.

Essas nuvens são um indicativo clássico de tempo severo, sendo monitoradas constantemente por meteorologistas. Seu comportamento e evolução são fundamentais para prever eventos perigosos, como tempestades severas e tornados.

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