O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, ofereceu uma mensagem de unidade ao estado da Flórida, devastado pelo furacão Ian (veja galeria de fotos), durante visita às áreas mais castigadas. “Vocês têm a minha promessa, e a promessa dos Estados Unidos, de que não vamos abandoná-los. Acompanharemos vocês ao longo deste processo e isto levará muito tempo”, afirmou o presidente norte-americano aos moradores da Flórida.
Impactada na quarta-feira da semana passada pelo Ian como furacão de categoria 4, a Flórida continua contando os mortos e analisando os danos causados por uma das tempestades mais potentes que já passaram pelos Estados Unidos. Biden sobrevoou em helicóptero as regiões afetadas.
Não muito longe, máquina terminava de retirar os escombros de uma casa destruída pelo vento, enquanto trabalhadores faziam reparos em uma linha de transmissão de energia. Fiel à sua natureza empática, Biden apertou as mãos e abraçou seus interlocutores.
A Casa Branca, que decretou o estado de emergência há uma semana, antes que o furacão causasse devastação, prometeu financiar integralmente, durante dois meses, todos os custos relacionados à remoção de escombros e às obras urgentes de reconstrução.
O balanço oficial é de 93 mortos (89 na Flórida e quatro na Carolina do Norte), mas os meios de comunicação contabilizam mais de uma centena de mortos, enquanto os socorristas continuam trabalhando nos bairros cobertos por água.
Em Fort Myers, a visita do presidente não foi bem recebida por todo o mundo. Tina, dona de um restaurante-bar ainda sem abastecimento de água, manifestou sua frustração à AFP. “Por que não vêm com um avião cheio de geradores [elétricos] e cisternas de água ao invés de virem apenas para se exibir para as câmeras?”.
Centenas de milhares de moradores da Flórida permaneciam sem eletricidade e as autoridades afirmaram que serão necessários meses e 50 bilhões de dólares, talvez mais, para reconstruir as regiões costeiras devastadas. Tracey Gore, moradora de Fort Myers de 51 anos, disse que ficou feliz ao ver Biden e o governador DeSantis unindo seus esforços: “É o mais importante. Não se trata de política neste momento, mas de vidas humanas”, afirmou.