As catástrofes naturais causaram em 2021 mais perdas do que nos dois últimos anos com uma grande parte provocada pelos extremos meteorológicos observados nos Estados Unidos no último ano, informou o gigante alemão do mercado de resseguro Munich Re.
Em todo o mundo, a fatura de 2021 aumentou para 280 bilhões de dólares em danos, contra 210 bilhões em 2020 e 166 bilhões em 2019, calculou este grupo em seu estudo anual. Deste total, o valor segurado subiu para 120 bilhões de dólares, o número mais alto depois de 2017 (146 bilhões de dólares), segundo o Munich Re.
O ano foi marcado por uma grande proporção de eventos de desastres nos Estados Unidos, com um custo de 145 bilhões de dólares em danos, mais da metade do total. O furacão Ida (no final de agosto em Nova Orleans, Nova Jersey e região de Nova York) sozinho provocou 65 bilhões de dólares em danos.
Os prejuízos de Ida foram muito altos porque a tempestade trouxe graves inundações na região mais densamente povoadas dos Estados Unidos que é o Nordeste norte-americano, na região de Nova York, que teve graves inundações e recordes de chuva com Ida.
A tempestade de inverno que paralisou o Sul do país em fevereiro de 2021 e uma série de tornados no início de dezembro com ventos de mais de 300 km/h, especialmente em Kentucky, também entraram na lista.
Em todo o mundo, essas catástrofes causaram cerca de 10.000 mortes. Na Europa, o clima devastador de julho, no Oeste da Alemanha, deixou 220 mortos e danos estimados em 46 bilhões de euros (54 bilhões de dólares), dos quais 11 bilhões estavam segurados.
A erupção do vulcão Cumbre Vieja na ilha espanhola de La Palma entre setembro e dezembro deixou 3.000 casas soterradas sob a lava e as cinzas. Dos 850 milhões de euros (1 bilhão de dólares) de danos estimados, apenas uma pequena parte estava segurada.