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Uma bandeira dos Estados Unidos cravada dentre os destroços de uma arrasadora onda de tornados no mês de dezembro em Dawson Springs, Kentucky. | CHANDAN KHANNA/AFP/METSUL METEOROLOGIA

As catástrofes naturais causaram em 2021 mais perdas do que nos dois últimos anos com uma grande parte provocada pelos extremos meteorológicos observados nos Estados Unidos no último ano, informou o gigante alemão do mercado de resseguro Munich Re.

Em todo o mundo, a fatura de 2021 aumentou para 280 bilhões de dólares em danos, contra 210 bilhões em 2020 e 166 bilhões em 2019, calculou este grupo em seu estudo anual. Deste total, o valor segurado subiu para 120 bilhões de dólares, o número mais alto depois de 2017 (146 bilhões de dólares), segundo o Munich Re.

O ano foi marcado por uma grande proporção de eventos de desastres nos Estados Unidos, com um custo de 145 bilhões de dólares em danos, mais da metade do total. O furacão Ida (no final de agosto em Nova Orleans, Nova Jersey e região de Nova York) sozinho provocou 65 bilhões de dólares em danos.

Os prejuízos de Ida foram muito altos porque a tempestade trouxe graves inundações na região mais densamente povoadas dos Estados Unidos que é o Nordeste norte-americano, na região de Nova York, que teve graves inundações e recordes de chuva com Ida.


A tempestade de inverno que paralisou o Sul do país em fevereiro de 2021 e uma série de tornados no início de dezembro com ventos de mais de 300 km/h, especialmente em Kentucky, também entraram na lista.

Em todo o mundo, essas catástrofes causaram cerca de 10.000 mortes. Na Europa, o clima devastador de julho, no Oeste da Alemanha, deixou 220 mortos e danos estimados em 46 bilhões de euros (54 bilhões de dólares), dos quais 11 bilhões estavam segurados.

A erupção do vulcão Cumbre Vieja na ilha espanhola de La Palma entre setembro e dezembro deixou 3.000 casas soterradas sob a lava e as cinzas. Dos 850 milhões de euros (1 bilhão de dólares) de danos estimados, apenas uma pequena parte estava segurada.

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