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NHC

Superlua de hoje deve piorar os impactos do furacão Idalia que atinge o estado norte-americano da Flórida nesta quarta-feira. A lua com sua órbita no ponto mais perto da Terra neste ano vai coincidir com o momento em que o furacão afeta a costa Oeste da Flórida, agravando ainda mais as inundações causadas pela tempestade pela maré de perigeu.

Embora uma Superlua possa criar um cenário espetacular em fotos de pontos turísticos ao redor do mundo, sua atração gravitacional intensificada também aumenta as marés. “Eu diria que o momento é muito ruim”, disse Brian Haines, meteorologista responsável pelo escritório do Serviço Meteorológico Nacional em Charleston, Carolina do Sul, à agência Associated Press.

Espera-se que as enchentes piorem não apenas na Flórida, mas em estados como a Geórgia e a Carolina do Sul, onde o escritório de Haines tem alertado os residentes de que partes de Charleston podem estar submersas na noite de quarta-feira.

A atração gravitacional da Lua é ainda mais forte quando ela está mais próxima da Terra, então as marés são ainda mais altas. Idalia traz maré de tempestade perigosa que o Centro Nacional de Furacões dos Estados Unidos define como “potencialmente catastrófica”, A água do oceano que chega à terra pode atingir até 4,6 metros de altura ao longo de partes da costa Oeste da Flórida, projetou o Centro Nacional de Furacões (NHC).

A parte do Noroeste da Flórida atingida por Idalia é especialmente vulnerável a tempestades devido à geografia da região. A plataforma continental estende-se muito longe da costa e tem uma inclinação gradual, permitindo que o oceano cresça à medida que os ventos do furacão conduzem a água para a terra. O formato da costa na região – conhecida como Big Bend da Flórida – também é curvado para dentro, o que pode concentrar a maré de tempestade e torná-la ainda mais perigosa.

Neste 30 de agosto ocorrerá a segunda e última Superlua do ano. Nesta data, a lua estará maior e mais brilhante, pois estará no perigeu, ponto da órbita de máxima aproximação da Terra. A Superlua de 30 de agosto é também chamada de “lua azul” por ser a segunda lua cheia do mês – a primeira ocorreu no dia 1º de agosto.

Conforme explica a Dra. Josina Nascimento, astrônoma do Observatório Nacional, no Rio de Janeiro, os termos “lua azul” e “superlua” não são definições científicas. O termo “superlua”, por exemplo, foi criado por Richard Nolle em 1979.

Josina explica que a superlua, que pode ser cheia ou nova, ocorre de uma a seis vezes por ano. No entanto, em alguns casos, a distância Terra-Lua é menor do que em outros. Isso ocorre porque a órbita da lua não é circular, mas sim elíptica.

Portanto, em sua trajetória ao redor da Terra, a lua fica ora mais próxima, ora mais afastada. Quando o satélite se encontra no ponto da órbita mais próximo em relação à Terra, está no perigeu. Por outro lado, quando está no ponto da órbita mais afastado da Terra, a lua está no apogeu.