Essa não é uma época tradicionalmente de enchentes, mas países da região hoje sofrem com inundações. A situação é mais grave no Paraguai, onde os rios Paraná e Paraguai se encontram sob cheia. Além de ter chovido muito neste janeiro no território paraguaio, os altos volumes de chuva registrados nos estados brasileiros do Paraná e do Mato Grosso do Sul, que também enfrenta inundações, contribuíram pras cheias. São mais de 20 mil desabrigados no Paraguai, grande parte em Assunção que decretou situação de emergência nesta semana.
Cidades da província argentina do Chaco cortadas pelos rios Paraná e Paraguai também começam a sofrer com inundação e as forças armadas foram mobilizadas para atender a população flagelada. Em San Miguel de Tucuman, o acumulado de chuva em 24 horas na quinta-feira chegou a 191 mm, batendo o recorde anterior de maior volume em 24 horas na localidade de 187,4 mm do ano de 1973. Enquanto isso, no Centro da Argentina, a seca só se agrava e as perdas no campo se acumulam.
O aumento das precipitações aqui no Rio Grande do Sul nesta segunda metade de janeiro trouxe um aumento dos níveis de rios, mas sem cheias. O Rio Uruguai, por exemplo, em São Borja, ontem estava com 7,22 metros. A cota de alerta é de 11,25. O Lago Guaíba, que dias atrás estava com só 0,30 metro por conta da chuva escassa de dezembro e do começo de janeiro nas bacias cujos rios deságuam no lago, ontem estava em 0,94 metro no Cais Mauá, logo acima da média histórica de janeiro que é de 0,47 metro.