A estiagem provoca a redução dos níveis de reservatórios de água e fez com que a prefeitura de Palhoça, na Grande Florianópolis, decretasse “situação de emergência no sistema de abastecimento de água do município”. O decreto vale para os órgãos da administração pública municipal e objetiva a conscientização da população sobre o uso racional da água.
O ultimo mês com chuva significativa, bem distribuída e acima da média, no estado de Santa Catarina foi maio. A partir de junho sistemas de alta pressão e bloqueios atmosféricos dificultaram a chuva no Estado e, com isso, alguns municípios já se encontram em situação de estiagem com impacto importante no nível dos rios.
Em São Miguel do Oeste desde o dia 1° de junho até ontem, em 69 dias, em apenas três houve registro de precipitação de acumulados diários acima de 5 mm. No mês de junho, os acumulados de precipitação ficaram baixos em quase todo o Estado com volumes inferiores a 50 mm em muitas cidades. Já no mês de julho, a chuva foi volumosa entre a Serra e o Litoral Sul, mas ainda muito abaixo da média histórica nas demais áreas.
O quadro geral é preocupante devido a redução do nível dos rios o que já impacta o setor agrícola e o abastecimento de água na Grande Florianópolis. Nos próximos 10 dias a previsão do tempo não é animadora. A despeito da passagem de duas frentes frias pela região, a projeção de chuva é de volumes baixos e mal distribuídos sem amenizar o quadro de forma expressiva.
Em mais longo prazo, a situação é preocupante. Dados até a última semana de setembro indicam que a chuva deve aumentar um pouco mais a Oeste em Santa Catarina, mas não muito, mas seguirá bem abaixo da média no Leste e Nordeste Catarinense, em áreas como a Grande Florianópolis e o Vale do Itajaí. Outubro, segundo alguns modelos, poderia ter precipitação mais frequente e volumosa em parte de Santa Catarina,