O site do Ducker, especializado em fotografias da torcida do Grêmio e do clube, publicou ontem uma incrível imagem de autoria de Paulo Hoeper. Estivéssemos numa região de alta latitude, perto de regiões polares, o efeito visual poderia ser até confundido com uma nuvem noctilucente. Mas não era. O impressionante efeito visual na imagem foi criado pela iluminação muito forte do estádio sobre o nevoeiro baixo na área do Humaitá, zona Norte de Porto Alegre, gerando uma nuvem azul “brilhante” exatamente sobre a nova Arena do Grêmio. Um registro muito diferente e espetacular de nevoeiro na Capital.

As nuvens noctilucentes (foto abaixo publicada pela NASA) costumam ocorrer mais no verão na direção poente do céu noturno nas altas latitudes. Possuem um brilho quase fosforescente e cores variadas, geralmente em tom de azul, ao refletirem a luz do sol que está sob o horizonte. Outra característica delas é o aspecto ondulado. São as nuvens mais altas e frias existentes.


Elas são formadas por tênues camadas de cristais de gelo em altitudes entre 80 km e 85 km, onde a pressão é da ordem de 10-4hPa. A explicação da formação dessas nuvens é ainda controversa e se crê que sua frequência aumente muito durante grandes erupções vulcânicas e em consequência ainda dos gases do efeito estufa lançados pelo homem na nossa atmosfera.