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O boletim semanal da Administração Nacional de Oceanos e Atmosfera dos Estados Unidos (NOAA) de hoje indicou anomalia de temperatura da superfície do mar de -0,6ºC no Pacífico Central Equatorial. Valor no limite inferior do território de La Niña. Isso não significa, entretanto, que estejamos num episódio do fenômeno. Seja em El Niño ou La Niña, são necessários meses de uma condição média dentro do patamar de um ou outro para que seja caracterizado um episódio do fenômeno. Recém na semana passada essa mesma região, denominada de Niño 3.4, tina anomalia de -0,1ºC ou quase neutralidade absoluta. Logo, tecnicamente, seguimos numa condição de neutralidade.

Dado relevante, porém, é o indicativo de vários modelos para os próximos meses. Estas simulações aumentaram e significativamente nos últimos 15 dias as probabilidades de um evento de La Niña no último trimestre e no começo de 2018. Não há consenso ainda entre todos os modelos de clima, mas alguns importantes como o americano CFS passaram a indicar um resfriamento mais acentuado do Pacífico no decorrer da primavera. O CFS (abaixo) indica, inclusive, La Niña moderado a forte na virada do ano.

Em síntese, o Pacífico segue tecnicamente numa neutralidade com sinal frio e crescem as possibilidades de um evento de La Niña mais tarde neste ano. Águas subsuperficiais, por conseguinte abaixo da superfície, estão mais frias do que o normal numa extensa área em até 200 metros de profundidade entre o Centro e o Leste do Pacífico, sinalizando que o resfriamento pode ser mais persistente.


 

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