Até a agência espacial dos Estados Unidos, a NASA, homenageou Pelé no dia de sua morte. Pela rede social Twitter, a NASA publicou imagem de uma galáxia distante com as cores da bandeira brasileira para render tributo ao maior jogador de todos os tempos.

“Assinalamos o falecimento do lendário Pelé, conhecido por muitos como o rei do “jogo bonito”. Esta imagem de uma galáxia espiral na constelação do Escultor mostra as cores do Brasil”, diz o Twitter da NASA.

O futebol perdeu hoje seu rei. Edson Arantes do Nascimento, o Pelé, considerado por muitos o melhor jogador da história, morreu nesta quinta-feira aos 82 anos, meses depois de ter sido diagnosticado com um câncer. Pelé faleceu “às 15h27, em decorrência da falência de múltiplos órgãos, resultado da progressão do câncer de cólon associado à sua condição clínica prévia”, informou o Hospital Albert Einstein, onde o ex-jogador estava internado desde 29 de novembro.


“Te amamos infinitamente. Descanse em paz”, postou mais cedo a filha de Pelé, Kely Nascimento, em sua conta no Instagram. Pelé será velado na Vila Belmiro, estádio onde brilhou por grande parte da carreira pelo Santos.

“Antes de Pelé, o futebol era apenas um esporte. Pelé mudou tudo. Transformou o futebol em arte”, escreveu no Instagram o atacante Neymar, atual ‘camisa 10’ da Seleção. O argentino Lionel Messi postou uma foto em que aparece junto a Pelé e outra do astro brasileiro comemorando um gol com o Brasil com a legenda: “Descansa em paz, Pelé”.

Único jogador a ganhar três Copas do Mundo (1958, 1962 e 1970), o Rei estava afastado dos eventos públicos há anos por problemas no quadril que afetaram sua mobilidade, assim como por outras enfermidades. Em setembro de 2021, foi diagnosticado com um câncer depois da retirada de um tumor no cólon.

No entanto, em suas limitadas aparições, na maioria das vezes em entrevistas ou em vídeos publicados nas redes sociais, a primeira figura global do futebol manteve intactos seu carisma e humor. E continuou torcendo pela Seleção, como na Copa do Mundo de 2022, em que o Brasil foi eliminado nas quartas de final pela Croácia nos pênaltis.


Seu incrível faro de gol, sua técnica apurada e um currículo invejável fizeram com que fosse considerado por muitos como o maior jogador da história, um título que ainda hoje disputa com o argentino Diego Maradona e agora com o astro Lionel Messi, campeão mundial no Catar neste mês. Em 2000, Pelé, que marcou época jogando praticamente toda a carreira pelo Santos, clube que defendeu por 18 anos, recebeu o prêmio de melhor jogador do século XX por especialistas da Fifa, enquanto Maradona obteve o mesmo título na votação popular.

Além de fazer da Seleção o time mais reconhecido do mundo e tornar lendária a camisa 10, boa parte da fama do Rei, nascido em 23 de outubro de 1940 em uma família humilde de Três Corações, Minas Gerais, foi construída pelos feitos superlativos que alcançou em Copas do Mundo.

Pelé é o único jogador a ter conquistado três Copas, embora tenha se lesionado no início do Mundial do Chile de 1962, quando Garrincha assumiu o protagonismo da Seleção. O Rei estabeleceu nesses torneios alguns recordes e protagonizou jogadas e gols inesquecíveis, como o gol de cabeça na final contra a Itália no México-1970, a cereja no bolo daquela que muitos consideram a melhor seleção da história, na qual jogou ao lado de craques como Tostão, Rivelino, Jairzinho, Gérson, entre outros.