Consumo de energia atípico: A onda de frio intenso desta semana fez disparar o consumo de energia no Rio Grande do Sul. A CEEE Distribuidora (CEEE-D) registrou uma demanda de 5392 MW às 18h51m da terça-feira (23). Na mesma hora, no dia 14 de julho, a demanda era de apenas 3999 MW, de acordo com a empresa. O intenso calor, porém, é a principal causa de recordes de consumo de luz no Estado. Em 1º de fevereiro deste ano atingiu-se o recorde de consumo histórico com 6280 MW.

Ar-condicionado parado: Muita gente que recorreu ao ar-condicionado para aquecer suas casas deve ter percebido que ele parou de funcionar de repente nas horas mais frias. Em entrevista ao Correio do Povo, o presidente da Associação Sul-Brasileira de Refrigeração, Ar-Condicionado, Aquecimento e Ventilação, Luiz Afonso Dias, explicou que isso é normal. “Os splits, quando a temperatura fica abaixo de 5ºC, acabam congelamdo”, disse. Explicou que em 5/10 minutos voltam a operar.

Calefação para pingüins: Devido à onda de frio, a equipe veterinária do Gramadozoo, redobrou os cuidados com a saúde da bicharada. Com temperatura e sensação térmica abaixo de zero grau, os profissionais estiveram em alerta 24 horas. Até o recinto dos pinguins-de-magalhães precisou  de aquecimento. Segundo o veterinário Renan Stadler, responsável técnico do parque, o pinguinário conta com climatizador que mantém umidade e temperatura controladas. A temperatura sempre ficou próxima dos 16ºC. O veterinário explica que o pinguim-de-magalhães não vive no frio extremo. “Tem muita gente que pensa que pinguim gosta do frio, mas não é o caso dos pinguins-de-magalhães, que são animais que viajam para a costa brasileira em busca de correntes marítimas mais quentes e ainda de alimento”, informou (foto de Halder Ramos do Correio do Povo).


Energia solar congelada: Muitas placas de energia solar congelaram devido ao intenso frio da semana no Sul do Brasil. Em Maringá (foto abaixo), a residência do colaborador da MetSul Meteorologia Luiz Carlos Martins Filho ficou sem água aquecida devido ao congelamento. O problema foi pior para moradores de um conjunto residencial do programa Minha Casa, Minha Vida, em Arapongas, no Norte do Paraná. Várias placas de aquecimento solar, instaladas nas casas do programa do governo, estouraram em virtude da baixa temperatura e o banho acabou “enforcado” por três dias. O congelamento de placas solares ocorre também em países como Austrália e da Europa, mas existem tecnologias mais modernas e resistentes ao tempo frio.  


Neve no morro da tragédia aérea: O engenheiro agrônomo Ronaldo Coutinho do Prado, da empresa Climaterra, de São Joaquim, confirmou neste sábado que nevou na noite de segunda-feira para terça até na ilha em Florianópolis. A neve foi observada, segundo Coutinho, sobre o Morro da Virgínia, em Ratones, na ilha. O local é até hoje recordado pelo acidente na noite de 12 de abril de 1980. O voo 303 da Transbrasil terminou em desastre, quando o Boeing 727 se chocou contra o Morro da Virgínia, em Ratones. Houve 55 mortes e apenas 3 ocupantes sobreviveram (foto do arquivo do Jornal de Santa Catarina).


Mais frio que no Polo: A mínima de 4,2ºC abaixo de zero registrada na gélida terça-feira (23) na estação do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) em Cambará do Sul foi menor que em algumas bases da Antártida. Conforme dados SYNOP da rede internacional, na terça as mínimas foram de -0,8ºC na base Esperanza, -1,6ºC na Base Orcadas, -1,6ºC em Bellingshausen, -1,3ºC na base Jubany, -4,0ºC na base Marambio, -1ºC na base Arturo Prat, -1ºC em Great Wall, -2,8ºC na base Bernardo O’Higgings, -2,6ºC em Vernadsky e -1,2ºC em King Sejong. O menor registro polar na terça, porém, bateu muito fácil, como não poderia deixar de ser, a mínima de Cambará do Sul. A estação LGB 46 AWS acusou 70,2ºC negtativos.