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O Serviço Nacional de Meteorologia dos Estados Unidos (NWS) publicou na última segunda-feira a sua atualização semanal do monitoramento climático das condições do Oceano Pacífico Equatorial.

A região central do Pacífico, chamada de nino 3.4, área de monitoramento de La Niña e El Niño, apresentou leve resfriamento na medição semanal A anomalia foi de -0,1°C após semanas seguidas de águas ligeiramente mais quentes.

Essa oscilação semanal das anomalias de TSM nesta fase de transição de La Niña para Neutralidade é natural que ocorra, mas dentro do intervalo considerado neutro com anomalia oscilando entre -0,4 e +0,4°C.

Na próxima semana não se descarta que a anomalia da temperatura da superfície do Pacífico possa ser negativa novamente na niño 3.4 . Isso é provável por conta dos bolsões de águas mais frias que ainda poderão emergir com base nas anomalias observadas nas águas subsuperficiais.

Simultaneamente é importante acompanhar os dados do indicador Indice oceano Niño (oceanic nino index) que é a média móvel de três meses da anomalia do oceano pacífico equatorial na região niño 3.4. O principal índice da NOAA para monitorar La Niña e EL Niño. Os dados mais recentes, a média de dezembro a fevereiro, apontaram média trimestral de -0,6°C, período em que de fato o La Niña influenciou o clima Global. No próximo trimestre (JFM) é provável que esse média já esteja no campo da Neutralidade.

O órgão divulgou que o Pacífico ainda apresenta condições de La Niña no momento, porém segue a tendência de evoluir para Neutralidade nas próximas semanas.

Para a MetSul Meteorologia, as condições atuais já são neutras (sem El Niño e La Niña). Aliás, o mapa de anomalia de temperatura da superfície do mar mais recorda hoje um El Niño em formação por uma língua de águas mais quentes que a média, mas não há indicativo de El Niño clássico, apenas costeiro nas costas do Peru e Equador.

Nesse sentido, a anomalia do Pacífico Leste, Niño 1+2, segue mais quente que o normal e apresentou anomalia semanal de +0,9°C.

De acordo com as projeções da Meteorologia oficial dos Estados Unidos, há uma probabilidade muito alta de 70% a 80% que o outono do Hemisfério Sul transcorra com o Oceano Pacífico Equatorial em condições neutras.

As estimativas de probabilidade do NWS/NOAA para o inverno apontam 55% a 70% de probabilidade de o Pacífico permanecer em condições de neutralidade, logo sem El Niño ou La Niña.

Para os últimos meses de 2025, diminuem gradualmente as probabilidades de fase neutra enquanto aumentam as de resfriamento do Pacífico (La Niña), sem grandes alterações nas probabilidades de El Niño.

A MetSul Meteorologia considera o indicativo norte-americano para o outono confiável, mas pondera que o segundo semestre pode ser considerado ainda incerto e com possibilidade de significativas alterações nas estimativas nas próximas atualizações.

Interessante observar o gráfico das projeções trimestrais de anomalia de TSM dos 22 diferentes modelos para os próximos trimestres. Ao analisar o gráfico nota-se uma certa distribuição quanto as projeções de resfriamento e aquecimento para o segundo semestre de 2025. Portanto, ainda é indefinido o cenário climático para a próxima primavera e verão.

 

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