Um dos melhores lugares do planeta para se observar fenômenos ópticos no céu é a Antártida pelo clima gelado da região que permite muitos cristais de gelo em suspensão na atmosfera e que geram os fenômenos. Por isso, algumas das mais incríveis fotografias de múltiplos arcos no céu são da região. O Antarctic Report publicou nesta semana fotografia de um halo solar em um dos lugares mais inóspitos do planeta, o Polo Sul, de autoria de Jeff Caps.

Um halo é um anel ou pilar de luz ao redor do Sol ou da Lua. As observações de halo são frequentes na Antártida e são particularmente brilhantes quando se formam em pó de diamante, ou seja, uma nuvem ao nível do solo composta por minúsculos cristais de gelo.

Existem muitos tipos diferentes de halo, variando em anéis simples com diâmetros de 22° ou 46°, pilares acima do Sol ou da Lua, sundogs ou parélias (sóis falsos) em ambos os lados do Sol ou da Lua, e arcos como arco-íris no alto do céu.

A temperatura do ar na Antártida costuma ser baixa o suficiente para que o vapor d’água se condense diretamente da atmosfera e forme minúsculos cristais de gelo que então caem. Em um dia ensolarado, eles são expostos à luz do Sol e brilham como diamantes no céu, o que gera o nome pó de diamante e favorece a observação de fenômenos ópticos incríveis. Se os cristais forem orientados exatamente da maneira correta, eles podem dar origem a halos ainda mais brilhantes.

E há ainda um outro fator que em parte do ano, quando não é noite polar, que contribui para a observação dos halos e demais fenômenos ópticos: o tempo de permanência do sol no céu, que o ocorre durante o verão meridional.

O sol da meia-noite, também conhecido como dia polar, é um fenômeno natural observado nos círculos árticos e antárticos. Durante o verão polar, o sol fica acima do horizonte 24 horas por dia, o que significa que não há nascer ou pôr do sol, apenas luz do dia constante.