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O ciclone extratropical que deixou mortos e estragos no Sul e no Sudeste do Brasil, como era esperado, se afasta rapidamente da América do Sul e está sobre o Oceano Atlântico. No início desta sexta-feira, o centro do ciclone, com pressão atmosférica de 990 hPa, se encontrava em mar aberto a mais de dois mil quilômetros a Sudeste da costa gaúcha e se distanciando.

As rajadas do ciclone ficaram perto de 150 km/h em pontos do Litoral e dos Campos de Cima da Serra do Rio Grande do Sul e atingiram até 157 km/h em Santa Catarina, conforme dados de estações meteorológicas.

No cidade gaúcha de Rio Grande, homem morreu após ter sua casa atingida por uma árvore. Em Santa Catarina, também uma queda de árvore vitimou homem na cidade de Brusque. Em São Paulo, duas vítimas fatais. Em São José dos Campos, árvore caiu em carro de autoescola. Em Itanhaém, na Baixada Santista, idosa perdeu a vida ao encostar em cabo de energia no chão pelo vento.

Diversos transtornos atingiram pelo menos 51 municípios do Rio Grande do Sul com chuvas intensas, granizo, inundações, alagamentos e ventos fortes. Houve danos significativos em algumas cidades. Segundo a Defesa Civil, o número de desabrigados era de 234 pessoas e de desalojados atingia 331 no final da quinta.

Estima-se que cerca de 18 mil pessoas tenham sido afetadas por danos do ciclone. Além disso, 33 pessoas ficaram feridas em decorrência do vento e das tempestades no estado. O Rio Grande do Sul chegou a ter 790 mil pontos sem luz, o equivalente a 2,5 milhões de pessoas sem energia, por conta da passagem do ciclone extratropical.

Com o afastamento do ciclone, o vento nesta sexta-feira é predominantemente fraco a moderado na maior parte da região. Rajadas esporádicas, mas poucas e nada comparadas em intensidade às de ontem, podem ocorrer na orla e nas áreas de relevo perto do litoral. Onde deve mais ventar entre hoje e amanhã é no litoral de São Paulo e na costa do Rio de Janeiro.