Tempestade subtropical Potira provoca vento, mar agitado e alternância de sol e chuva pela circulação ciclônica na cidade do Rio de Janeiro | Praia Barra/Divulgação

Potira provoca vento forte no Rio de Janeiro ao longo desta terça-feira (20). A tempestade subtropical que atua na costa do Sudeste do Brasil trouxe ventania em áreas costeiras do Rio ao longo do dia.

A cidade do Rio de Janeiro teve desde o começo do dia rajadas de 50 km/h a 60 km/h na sua estação do Forte de Copacabana, mantida pelo Instituto Nacional de Meteorologia. Às 14h desta terça, a estação apontou rajadas de até 64,4 km/h.

Em outros pontos do litoral do Rio de Janeiro, o vento também soprou forte nas últimas horas por influência da tempestade subtropical Potira. Em Arraial do Cabo, o dia todo foi ventoso e as rajadas alcançaram 67,3 km/h. Saquarema igualmente tem uma terça ventosa com rajadas acima de 50 km/h.

Além do vento, a influência de Potira também se dá no oceano. Há um aviso de ressaca para a orla da cidade do Rio de Janeiro por parte da Marinha. O aviso destaca a chance de ondas de 2,5 metros a 3 metros de altura.

A circulação ciclônica de Potira traz nebulosidade variável no Rio de Janeiro. O sol chega a aparecer com nuvens, mas ocorrem momentos de maior nebulosidade com chuva passageira e que, isoladamente, pode vir na forma de pancadas fortes passageiras.

Potira na costa do Rio de Janeiro

A tempestade subtropical Potira se formou nesta terça-feira (20) na costa do Sudeste do Brasil. O ciclone subtropical no Oceano Atlântico se intensificou e passou da condição de depressão para tempestade nas últimas horas. O último ciclone atípico no litoral brasileiro tinha sido Oquira, na costa gaúcha em dezembro de 2020.

Potira na costa do Rio de Janeiro na imagem de satélite das 16h de hoje | NOAA

O ciclone atípico se formou ontem em alto-mar, nas coordenadas 27°S e 43°W, sendo classificado inicialmente como depressão com ventos estimados por satélite entre 25 e 30 nós (45 a 55 km/h). Seu centro se encontrava a aproximadamente 300 milhas náuticas (555 km) a Leste da costa do estado de Santa Catarina e a 250 milhas náuticas (450 km) ao Sul da costa do estado do Rio de Janeiro. O seu deslocamento era lento para Leste-Nordeste.

De acordo com aviso náutico da Marinha, a atuação do ciclone poderá causar ventos sustentados de até 40 nós (75 km/h) nos setores Norte e Oeste do ciclone e ventos de até 47 nós (até 87 km/h) nos setores Leste e Sul do ciclone até a manhã do dia 22 de abril. Os ventos associados ao ciclone deverão ainda provocar agitação marítima com ondas, em alto-mar, com alturas de até 6,0 metros até a noite do dia 22 de abril.