Ciclone ou anticlone? O que explica o vento e a instabilidade en parte do Rio Grande do Sul?
O Leste do Rio Grande do Sul teve um feriado com vento, períodos de maior cobertura de nuvens e até chuva ou garoa em alguns pontos.
O Litoral Norte chegou a ter chuva forte em alguns setores. Porto Alegre também teve precipitação, porém leve e bastante isolada.
Por que as nuvens, o vento e a chuva?
A resposta está em dois sistemas atuando no Oceano Atlântico. Um ciclone e um anticiclone.
Na costa do Sudeste do Brasil, há um centro de baixa pressão com giro horário, de 1.008 hPa. É a tempestade subtropical Potira, logo um ciclone.
A Leste da Argentina atua um centro de alta pressão, com giro anti-horário, de 1.034 hPa. Assim, um anticiclone.
A variação de pressão atmosférica entre os dois sistemas atmosféricos gerou o que se chama de uma “pista de vento” na direção do Rio Grande do Sul.
TEMPO | O que gera o vento em Porto Alegre não é um único fenômeno. São dois interagindo e a diferença de pressão entre ambos. A tempestade subtropical Potira (ciclone), de giro horário, e um centro de alta pressão (anticiclone), de giro anti-horário, a Leste da Argentina. pic.twitter.com/1SFT8UVMk0
— MetSul.com (@metsul) April 21, 2021
E, com isso, o vento soprou de Leste por vezes com rajadas e nuvens avançaram do mar em direção ao continente com chuva localizada e passageira em alguns pontos.
Nesta quinta, a circulação marítima vai prosseguir e ainda pode ter chuva isolada e passageira em pontos próximos da costa e da Lagoa dos Patos, especialmente nas praias, mas em um menor número de locais que ontem.
Já o vento que sopra do quadrante Leste vai persistir, por vezes com rajadas, especialmente no começo do dia e novamente à noite.