
Luis Felipe Rypl
A região mais ao Norte do Atlântico, perto da Groenlândia e da Islândia, por natureza já é tempestuosa e com grandes ciclones. O padrão que se observa agora, porém, foge ao normal. Uma série de poderosíssimos ciclones se forma na região, avançando para a Europa. Dias atrás foi a tempestade Ciara (foto).
MUNDO | #Ciara trouxe muito vento e pousar em alguns aeroportos europeus nestes dias não tem sido uma experiência agradável para os passageiros. Vídeo via @ABC. pic.twitter.com/2M0y25jnzL
— MetSul.com (@metsul) February 11, 2020
Agora, outro ciclone extratropical, de nome Dennis, castigará novamente o Reino Unido e avançará para França, Holanda, Bélgica e Alemanha. Quase toda Europa sentirá os efeitos do ciclone.
Modelos projetam que sua pressão pode cair a 920 hPa, equivalente a de um furacão categoria 5 fosse um ciclone tropical. Haverá chuva intensa, vento violento e ondas gigantescas que estão sendo previstas como “fenomenais” no mar.
O que está causando os ciclones monstros no Atlântico Norte? A chamada Oscilação do Ártico atingiu nesta semana seu menor valor já registrado. Ela é calculada pelo gradiente de pressão atmosférica entre o Ártico e latitudes médias e justamente a enorme diferença está favorecendo essas tempestades violentas no Atlântico.
O padrão atmosférico gerou uma corrente de jato impressionante, um corredor de vento e cerca de dez mil metros de altitude, com vento de até 400 km/h sobre o Atlântico. Um avião da British Airways que voou na corrente conseguiu fazer a rota entre Nova York e Londres em apenas 4 horas e 56 minutos, um recorde.