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Belo Horizonte teve entre os dias 23 e 24 de janeiro o dia mais chuvoso em toda a sua história com 171,8 mm em 24h. Janeiro foi o mês mais chuvoso da capital mineira em 110 anos de medições. São Paulo teve na segunda o oitavo dia mais chuvoso desde que se iniciaram as medições em 1943 e o segundo mais chuvoso em fevereiro em 77 anos.

As mudanças climáticas são responsáveis pelos extremos? Em parte. O verão é época de episódios de chuva excessiva no Sudeste do Brasil, mas estudos científicos mostram que a tendência é de aumento dos extremos de precipitação com o aumento da temperatura do planeta. Quanto mais quente a atmosfera, maior a energia a ser liberada na forma de chuva ou tempestades.

O número de dias de chuva intensa com mais de 50 mm ou 100 mm em cidades como São Paulo e Rio de Janeiro tem aumentado nas últimas décadas. As mudanças no clima, contudo, não explicam por si os desastres.


As metrópoles estão em áreas onde antigamente havia Mata Atlântica. São gigantescos espaços urbanos que formam as chamadas ilhas de calor urbano, onde o aquecimento é maior, o que favorece chuva em volumes mais altos.

Há ainda planejamento urbano precário com deficiente capacidade de absorção da chuva pela impermeabilização de concreto e asfalto. Rios foram transformados em ruas pela canalização e a cada chuva as ruas voltam a ser rios. Sem mencionar as construções em áreas de risco e suscetíveis a deslizamentos de terra.

 

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