A MetSul Meteorologia projeta o retorno da chuva para todas as regiões do Rio Grande do Sul nesta quarta-feira depois de uma trégua de pouco mais de três dias em que milhões de gaúchos puderam desfrutar do sol após terem experimentado uma semana de muita instabilidade que terminou com novas enchentes e cheias históricas de rios.
Chove desde cedo em pontos do Oeste e do Sul. No decorrer do dia, a instabilidade avança para as demais regiões, o que permitirá que várias cidades ainda tenham algumas horas de sol e abafamento antes da chuva.
Há risco de chuva localmente forte com raios, especialmente em cidades do Oeste e do Sul gaúcho. Com a atmosfera aquecida, temporais muito isolados de vento e granizo podem ocorrer. Não se espera, porém, um episódio de tempo severo significativo com temporais em muitos locais.
Este novo episódio de chuva ocorre com vários rios ainda fora do seu leito e milhares de gaúchos em abrigos públicos ou nas casas de amigos ou parentes. Por isso, o retorno da chuva é motivo, justificadamente, de grande apreensão por muitas pessoas e autoridades de municípios castigados por inundações.
Mas o que esperar deste novo episódio de chuva no Rio Grande do Sul? Primeiro, e mais importante, este evento de instabilidade será de curta duração. O pior cenário possível neste momento no estado, com os rios em cotas altíssimas, seria um de vários dias seguidos com elevados volumes de chuva. Isso não vai ocorrer.
A instabilidade atinge nesta quarta todas as regiões do estado no decorrer do dia na quinta ainda parte da Metade Norte, melhorando o tempo nas demais áreas do estado ao longo do período com o retorno do sol. Após, haverá um nova sequência de dias de sol no estado. A chuva poderia retornar ao Norte gaúcho no começo da semana que vem.
E os volumes de chuva? O segundo pior cenário neste momento seria um episódio curto, mas com volumes excessivos a extremos de chuva nas bacias sob cheias. Isso tampouco está na previsão da MetSul Meteorologia para esta quarta e quinta.
Os acumulados mais expressivos vão se dar no Oeste e no Sul, especialmente em áreas perto do Uruguai, onde não cheias de rios agora. Os rios sob cheias estão do Centro para o Norte do estado. Nestas áreas, de acordo com a projeções dos modelos, haverá locais em que deve chover tão pouco quanto 10 mm a pontos que podem ter 50 mm a 75 mm.
O mapa acima, do modelo do Centro Meteorológico Europeu (ECMWF), mostra que na primeira metade do dia, entre o final da madrugada e de manhã, a chuva pode cair com volumes altos em vários pontos do Oeste e do Sul do Rio Grande do Sul.
Já os mapas acima mostram as projeções de chuva para 72 horas, até 9h da manhã da sexta-feira, de dois modelos numéricos de previsão do tempo utiailizados pela MetSul em seus progósticos: o modelo alemão Icon e o de alta resolução WRF.
Sob este cenário, não se espera que seja um episódio de chuva que gere repique de cheias. Os volumes não devem ser suficientemente altos para provocar substancial alta de rios que leve a novas cheias no estado, e tampouco deve trazer agravamento maior das em curso.
Alerta-se que podem ocorrer pancadas fortes passageiras em diversas cidades, o que pode gerar alagamentos pontuais, como em cidades da fronteira com o Uruguai. O caso de Porto Alegre é especial porque em parte da cidade mesmo chuva fraca a moderada sem maiores volumes pode gerar alagamentos.
Isso porque em bairros e pontos próximos do Guaíba a rede pluvial está tomada de água do Guaíba, pelo seu nível alto. Em bairros como São Geraldo, Floresta e Navegantes se vê as bocas de lobo cheias de água. Assim, com o sistema de macrodrenagem colapsado pelo alto nível do Guaíba e incapaz de absorver a água da chuva em parte da cidade, mesmo precipitação sem maiores volumes pode gerar acúmulo de água ou alagamentos nas ruas.
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