O Nordeste de Santa Catarina teve um começo de ano de muita chuva. A chuva no Leste catarinense, em particular de Florianópolis para o Norte, foi muito volumosa.
A região de Florianópolis e a Grande Florianópolis foi uma das que teve os maiores volumes nos primeiros três meses deste ano.
Com efeito, os índices foram altos na Grande Florianópolis e em Joinville e áreas vizinhas. A chuva nestas regiões ficou acima da média histórica ao passo que na maior parte do interior catarinense se situou abaixo da média.
De acordo com dados da Epagri de Santa Catarina, a chuva em Joinville e em Florianópolis ficou 400 mm acima da média climatológica. Já as áreas entre o Oeste catarinense e Alto Vale tiveram anomalias negativas de mais de 100mm.
Por que muita e pouca chuva em Santa Catarina?
Por fim, não é um padrão que surpreenda sob a presença de La Niña. O Oeste catarinense é região com maior propensão à redução da chuva sob a influência do fenômeno. Então, o tempo mais seco no Oeste trouxe grave prejuízo para a cultura do milho. Em muitos municípios do Oeste a quebra da safra foi expressiva pela falta de chuva mais abundante.
O Nordeste de Santa Catarina se aproxima no verão do padrão mais chuvoso do Sudeste do Brasil e, por isso, tradicionalmente tem mais chuva no verão. Por isso, costuma chover mais no litoral Norte do que no Sul.
A atuação de áreas de baixa pressão com avanço de massas de ar frio, favorecida pela La Niña, gerou maior fluxo de umidade do mar para o continente. E, ainda, as águas do Atlântico estavam mais aquecidas do que o normal na região.
O resultado foi a ocorrência de alguns episódios de chuva muito volumosa em curto período. Os eventos trouxeram inundações, deslizamentos de terra com vítimas e outros transtornos para a população do Nordeste catarinense.