Rios voltam a subir em Santa Catarina com cheias | ANDERSON COELHO/AFP/METSUL METEOROLOGIA
As cheias de rios estão de volta ao estado de Santa Catarina depois da chuva volumosa da sexta-feira e do sábado em diversas cidades catarinenses, embora com acumulados menores que nos episódios anteriores deste mês no Nordeste do estado. Como os rios já estavam altos, mesmo volumes não extremos fazem com que os rios retornem para cotas de cheia e inundação.
Em Santa Catarina, os maiores acumulados de chuva no período de 72 horas entre 9h de quinta e 9h deste domingo foram de 230 mm em Dionísio Cerqueira, 175 mm em Novo Horizonte, 164 mm em Porto União, 158 mm em Guaraciaba, 142 mm em Itapiranga, 141 mm em Mondaí, 140 mm em Três Barras, 138 mm em Papanduva, 137 mm em Rio da Antas e 131 mm em Mirim Doce.
Com a vazão gerada pela chuva, os níveis dos rio sobem em Santa Catarina. O nível do rio Itajaí-Açu alcançava 8,38 metros em Blumenau no fim da tarde deste domingo e já esboçava uma trajetória de estabilização, ou seja, a cheia está no seu pico.
Trata-se da quarta enchente apenas neste mês na cidade de Blumenau. A primeira se deu no dia 5 com o rio Itajaí-Açu alcançando a marca de 8,78 metros. No segundo pico, no dia 9, o nível foi mais alto com 10,19 metros. E, no terceiro, no feriado do dia 12, a cota atingida foi de 10,76 metros.
A previsão de chuva para Santa Catarina é preocupante porque vem mais chuva e com altos volumes. Para a região de Blumenau e Rio do Sul, a má notícia é que vem mais água. A boa é que os maiores volumes vão se concentrar no Oeste catarinense, onde já choveu muito e a situação tem um maior potencial de agravamento.
O mapa acima mostra a projeção de chuva para esta semana do modelo alemão Icon em que se observa a tendência de chover muito no Oeste catarinense com marcas de 100 mm a 150 mm na soma da semana em diversas cidades, mas com possibilidade até de acumulados superiores isolados.
Chove em quase todos os dias desta semana em Santa Catarina. Os dias em que se prevê maior instabilidade são esta segunda-feira, a quinta e a sexta-feira. Entre quinta-feira e a sexta, um profundo centro de baixa pressão vai trazer intensa instabilidade para o Sul do Brasil.
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