Está a caminho da Turquia o voo da Força Aérea Brasileira (FAB) com ajuda humanitária para as vítimas do violento terremoto que atingiu o Sudeste do país com magnitude de 7,8 nas primeiras horas da segunda-feira. A ajuda inclui pessoal de resgate e equipamentos.

A missão é coordenada pelo Ministério das Relações Exteriores (MRE), por meio da Agência Brasileira de Cooperação (ABC), responsável pela cooperação humanitária do Governo Federal, em articulação com os Ministérios da Defesa (MD), Saúde (MS), Desenvolvimento Regional (MIDR) e Justiça e Segurança Pública (MJSP), e com os demais órgãos federais que trabalham de forma coordenada no âmbito do Grupo de Trabalho Interministerial sobre Cooperação Humanitária Internacional.

Equipes de resgate e salvamento, assim como equipamentos emergenciais, serão transportados pela aeronave KC-30 da Força Aérea Brasileira (FAB). Ao todo, embarcam na operação de assistência humanitária 42 pessoas, inclusive 34 especialistas bombeiros de São Paulo, Minas Gerais e Espírito Santo, mais pessoal médico e de defesa civil.

Também serão enviadas seis toneladas de equipamentos para ajudar nas buscas e para sustentar as equipes durante os trabalhos e quatro cães farejadores para ajudar na localização das vítimas do abalo sísmico. O Ministério da Saúde doou três “kits calamidade” que contêm, cada um, 250 kg de medicamentos e itens emergenciais. Os kits têm capacidade para atender até 1.500 pessoas pelo período de um mês.

Na zona atingida pelo terremoto, os socorristas continuam encontrando sobreviventes três dias após o sismo entre os escombros, mas o balanço de mortes não para de aumentar e deve piorar muito mais com muitas pessoas soterradas e frio congelante. Os números mais recentes mostram 16.035 óbitos: 12.873 na Turquia e 3.162 na Síria.

As temperaturas abaixo de zero agravam a situação dos sobreviventes e dificultam o trabalho desesperado das equipes de emergência na Turquia e Síria. Muitas pessoas estão sem teto após suas casas e prédios terem desabado e passam a noite na rua sob temperatura negativa, enrolados em cobertores e fazendo fogueiras para se aquecer.