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O boletim divulgado ontem pela Administração Nacional de Oceanos e Atmosfera dos Estados Unidos (NOAA) indicou a continuidade das condições de neutralidade na área equatorial do Oceano Pacífico.

A anomalia de temperatura da superfície do mar na denominada região Niño 3.4, no Pacífico Equatorial Central, ficou em -0,3ºC. O valor está em patamar de neutralidade, mas agora negativa. Foi a primeira vez desde setembro do ano passado que o Pacífico Central ficou mais frio que a média. Por sua vez, a região Niño 1+2, no Pacífico Equatorial Leste, mais perto da América do Sul, se manteve com anomalia de +0,2°C.


Até o inverno, a tendência é que o Pacífico se mantenha em neutralidade. Os modelos de clima se dividem quanto ao segundo semestre. Alguns modelos dinâmicos estão a indicar a possibilidade de episódio de La Niña com resfriamento das águas superficiais. Já os modelos estatísticos indicam a persistência da neutralidade, a despeito das águas mais frias.

As anomalias de temperatura abaixo da superfície do mar indicam uma enorme piscina de águas mais frias do que a média de Oeste a Leste no Pacífico, indicando uma tendência de resfriamento das águas superficiais.

Na atualização de hoje, da metade de maio, da Universidade de Columbia, chamou atenção uma grande mudança nas probabilidades de verão de 2021. No começo do mês, o cenário mais provável estava entre neutralidade e La Niña. Agora, a probabilidade maior segue sendo de neutralidade, mas o nível de probabilidade de El Niño, em segundo lugar, superou o de La Niña. 

Probabilidades geradas no começo de maio

Probabilidades geradas no meio de maio

Recordamos que o período de março a junho é conhecido como de barreira de previsibilidade em que a performance dos modelos de clima de longo prazo é menor.

Por isso, cenários hoje esboçados pelas simulações computadorizadas são vistos com maior cautela pelos profissionais da Meteorologia. Em direção ao fim do outono, o cenário fica mais claro.

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