Auroras vermelhas muito raras foram vistas nesta semana na Islândia, Suécia e Finlândia por várias noites seguidas. As auroras, normalmente, são verdes, mas às vezes exibem outras cores.
O vento solar causou maior agitação nos átomos de oxigênio em altitudes superiores ao normal, produzindo a rara cor vermelha. O fotógrafo ártico Rayann Elzein, que vê auroras o tempo todo em Utsjoki, foi capaz de capturar o notável fenômeno.
“Demorou um pouco para se transformar em auroras brilhantes e, enquanto isso, parecia bastante ‘leitoso’ a olho nu (assim como a Via Láctea), mas uma imagem revelou que era quase apenas vermelho”, descreveu. “Raramente vi algo assim antes”, acrescentou. “Eu verifiquei duas vezes o equilíbrio do branco na minha câmera para ter certeza de que nada estava errado. Mas era a mesma temperatura de cor de todas as minhas outras fotos da aurora boreal”, explicou surpreso.
Very colorful aurora (on camera) from the G2 geomagnetic storm two weeks ago on Senja, Norway. We only get more magenta/red/purple in the canopy during a slower and denser inflow of particles. @TamithaSkov @StormHour @Astromackem @chunder10 @halocme @SpaceToday1 @B_Ubiquitous pic.twitter.com/3UMbZuyBcb
— Adrien Mauduit (@NightLights_AM) October 12, 2020
As auroras são geralmente verdes com a agitação dos átomos pelo vento solar a cerca de 150 km acima da superfície da Terra. As auroras vermelhas, por sua vez, também são geradas por átomos de oxigênio, mas em altitudes entre 150 e 500 km. As temperaturas e a densidade da atmosfera nessas altitudes favorecem as transições atômicas que liberam fótons vermelhos. .
“Por alguma razão, desconhecida para nós, o vento solar agitou o oxigênio em altitudes mais altas do que o normal, gerando raras auroras vermelhas”, observou Tony Phillips da NASA.