O furacão Iota tocou terra no começo da madrugada de hoje na Nicarágua com vento de até 250 km/h como uma tempestade de categoria 4 na escala Saffir-Simpson, porém pouco antes do olho alcançar terra Iota chegou a ser de categoria 5, mais alta da escala. As suas imagens de satélite foram impressionantes.
O furacão tocou terra na região de Puerto Cabezas, a apenas 25 quilômetros ao Sul do ponto em que o furacão Eta ingressou na América Central duas semanas antes. A área que já tinha sido arrasada experimentou ainda mais danos com a chegada da Iota.
MUNDO | Impressionante registro por satélite do furacão categoria 5 #Iota pouco antes de tocar terra na última noite na Nicarágua. Imagem do satélite Sentinel-2 via @CopernicusEU. pic.twitter.com/Z9pETBp6oS
— MetSul.com (@metsul) November 17, 2020
Puerto Cabezas estava incomunicável ontem, segundo a imprensa de Manágua, mas os relatos escassos que existiam davam conta de grandes estragos. Ao se deslocar pelo continente, a tempestade começou a perder força, mas traz chuva de até 500 mm a 1.000 mm que será responsável por grandes inundações em área já aladas pelo Eta, além de provocar deslizamentos de terra.
Iota é o 30º ciclone nomeado no Atlântico Norte em 2020, superando o recorde de 2005 de 28. Já são quatro furacões intensos (categoria 3 ou superior) formados em outubro e novembro. Antes de 2020, o máximo era de dois.
Só dois furacões categoria 5 tocaram terra na Nicarágua até agora, Edith (1971) e Felix (2007). Iota é ainda o primeiro furacão categoria 5 nomeado pelo alfabeto grego. Desde 1932 não se registrava um furacão categoria 5 tão tardiamente. O único antes era o de Cuba de 1932.