A parte central da América do Sul segue sob uma atmosfera muito instável por conta da atuação de áreas de baixa pressão, sobretudo pela presença de um vórtice ciclônico em médios e altos níveis da atmosfera (baixa segregada) sobre a província de Buenos Aires (imagem abaixo). O número de mortos pela chuva intensa na região da capital argentina subiu para 43, sendo 35 somente na cidade de La Plata, conforme anúncio do governo da província de Buenos Aires. O total de vítimas pode ainda aumentar, já que existem muitas áreas inacessíveis na cidade e uma grande parte de La Plata está debaixo d’água.


O sol aparece com nuvens neste momento em várias regiões gaúchas, o que traz calor, mas a instabilidade gradualmente aumenta no Estado. Chove em pontos da fronteira com o Uruguai e do Sul gaúcho. O vento forte voltou a espalhar o fogo no começo do dia de hoje na reserva do Taim, mas ao meio-dia o radar mostrava chuva na região. Segue a preocupação com risco de chuva forte a intensa localizada no Rio Grande do Sul entre hoje e amanhã, contudo tornamos a enfatizar que são episódios localizados. Estes eventos extremos de precipitação na Argentina e no Uruguai foram localizados (chuva chegou a variar de 40 a 200 mm numa distância de apenas 20 quadras na cidade de Buenos Aires) e de difícil previsão onde devem exatamente ocorrer, mas toda a região do Centro e o Norte da Argentina, Uruguai, Paraguai e o Sul do Brasil seguem sujeitos a estes eventos isolados de chuva com volumes elevados. A instabilidade é pouco organizada e dispersa por uma extensa região que alcança vários países, formando-se nesta área núcleos isolados de chuva intensa a extrema que não conseguem ser antecipados com precisão por modelos numéricos. Por isso, o quadro exige alerta e monitoramento constante para eventuais advertências por nowcasting (prognóstico de tempo severo de curto prazo).