Gabriel Zaparolli/Arquivo pessoal

O cometa Leonard é um presente de Natal para os aficionados por astrofotografia neste fim de ano. A sua cauda magnífica é trançada com vários filamentos de gás e poeira. Eles foram criados por uma série de explosões que começaram em 15 de dezembro. Duas ou talvez três explosões no núcleo do cometa enviaram detritos descendo pela cauda.

As mesmas explosões aumentaram o brilho do cometa. Agora está brilhando como uma estrela de 4ª magnitude, um alvo fácil para pequenos telescópios no Hemisfério Sul.

Mais explosões estão por vir, dizem os especialistas. O cometa está se dirigindo para sua maior aproximação do sol (0,61 UA) em 3 de janeiro. O aumento do calor pode liberar novos jatos de gás e poeira e talvez até mesmo levar para longe grandes pedaços de gelo e rocha. 

A incrível cauda do cometa Leonard (C/2021 A1) foi registrada pelo fotógrafo Gabriel Zaparolli que se especializou em astrofotografia na praia de Torres, no Litoral Norte gaúcho. 

Gabriel Zaparolli/Arquivo pessoal

Para fazer a imagem com incrível nitidez, em que é possível observar os gases na calda do cometa, Zaparolli valeu-se de equipamentos especiais e foi beneficiado pelo tempo aberto.

O cometa Leonard ficou mais brilhante nos últimos dias. Os astrônomos explicam que na última segunda-feira (20) houve uma grande “explosão” do núcleo do cometa. Em questão de horas, o brilho aumentou em quase 10 vezes.

O cometa estava claramente visível a olho nu como a aparência de uma ‘estrela’ à esquerda de Vênus” no fim de tarde e no começo da noite, mas dentro das cidades é difícil a sua observação pela chamada poluição de luzes.

O aumento do calor pode estar liberando novos jatos de gás e poeira do núcleo do cometa ou espalhando grandes pedaços de gelo e rocha. As melhores observações ocorrem no Hemisfério Sul, mas ele é visível também no Hemisfério Norte.

Astrônomos amadores e profissionais vão seguir olhando atentamente para o céu enquanto a explosão continua. Se for grande, o cometa pode se desintegrar.

Gabriel Zaparolli/Arquivo pessoal

Caso contrário, ele pode brilhar ainda mais conforme o cometa se aproxima do sol até o começo de janeiro. Para encontrar Leonard no céu do pôr do sol, atente para Vênus e o que está à esquerda.

Leonard é um cometa descoberto por GJ Leonard no Observatório do Monte Lemmon, no Arizona, nos Estados Unidos, em 3 de janeiro deste ano, exatamente um ano antes do periélio.

Quando descoberto, estava a 5 UA (750 milhões de quilômetros) do Sol. Foi o primeiro cometa descoberto em 2021 e tem uma órbita retrógrada.

Em 12 de dezembro, Leonard estava a 0,233 UA (34,9 milhões de quilômetros) da Terra e em 18 de dezembro a 0,028 UA (4,2 milhões de quilômetros) de Vênus.