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O mais recente boletim da Meteorologia dos Estados Unidos indicou uma anomalia de temperatura da superfície do mar no Pacífico Central Equatorial de +0,3ºC. Apesar do valor positivo, o quadro é de neutralidade (ausência de El Niño e La Niña). O Pacífico Equatorial Leste, nos litorais do Peru e do Equador, que tem forte influência em nosso clima, apresentou anomalia de -0,3ºC, mas essa região aqueceu nesta semana.

Modelos climáticos seguem insistindo num evento de El Niño para os próximos meses com 80% de probabilidade do fenômeno no próximo verão. A MetSul não espera a declaração de El Niño antes de setembro, já que vento mais forte de Leste no Pacífico neste mês deve frustrar maior aquecimento.

A grande questão, vindo um El Niño fraco a moderado, como os modelos mostram, seria a sua característica. Um El Niño clássico, como de 1997/1998 ou 2015/2016, em que o Pacífico Central e Leste ficam quentes, ou El Niño Central com águas menos quentes no Leste (El Niño Modoki).


Os impactos variam muito conforme um ou outro. Sob El Niño clássico, a tendência é de chuva acima da média na primavera e maior parte do verão, com excessos e enchentes. Sob o Modoki até pode ocorrer chuva em maior volume na primavera, mas o verão pode ter escassez ou irregularidade de chuva. Em 2005, o verão teve enorme seca com El Niño Modoki. Dados hoje indicam uma maior chance justamente de um El Niño Central.

 

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