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FERNANDO OLIVEIRA

A enchente do Guaíba atinge o Centro Histórico de Porto Alegre. O muro da Mauá resiste, mas águas estão refluindo pela rede pluvial e vazando pelas laterais das comportas do muro. A Prefeitura orienta que a população deixe as áreas baixas do Centro, onde barricadas e sacos de areia sendo colocados nas portas de lojas e prédios.

Não há medições disponíveis de réguas de medição de nível dos governos estadual e federal. A estimativa é que o Guaíba já tenha superado 4,50 metros e se aproxime da cota recorde de 4,76 metros.

Porto Alegre só teve enchente neste nível em maio de 1941, mas foi antes do sistema de contenção de cheias erguido na década de 70. O sistema com os diques da Diário de Notícias, Beira-Rio, Muro da Mauá, Castelo Branco e Freeway do DC até a FIERGS até o momento tem impedido o avanço do Guaíba sobre a cidade.

Problemas vão aparecer, especialmente no bombeamento, como se vê agora no Centro, mas o fundamental é que as estruturas físicas de Engenharia até agora impedem uma inundação catastrófica da cidade.

A inundação das ilhas é catastrófica com água com altura de até um a dois metros em diversos pontos. Espera-se ainda inundação severa no bairro Ipanema e outras áreas que não têm proteção de diques nas margens. Mais ao Sul da cidade, muitas áreas devem ter muito graves inundações, como no Lami e Guarujá.