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Área de baixa pressão na costa do Rio de Janeiro interagindo com o ar tropical foi a responsável pela tempestade que deixou 6 mortos e estragos no Rio quarta à noite. Foi um temporal localizado. O vento chegou a 110 km/h no Forte de Copacabana, mas não passou dos 50 km/h no Galeão.

As mortes ocorreram em deslizamentos e desabamentos causados pelo excesso de chuva. Em cerca de duas horas, comunidades como as da Rocinha e do Vidigal tiveram entre 150 e 170 mm, conforme dados do Alerta Rio.

Retirada do ônibus soterrado por deslizamento de terra e árvores na Avenida Niemeyer, em São Conrado.

Fator relevante para a chuva extrema foi o relevo, explicação também para tragédias passadas de chuva na cidade. Parte do Rio de Janeiro está sobre morros ou entre maciços montanhosos.

Temporal causa danos na cidade do Rio de Janeiro. A ventania também arrastou um veleiro que estava nas proximidades de uma das praias da zona sul para o Arpoador, entre Copacabana e Ipanema.

Fluxo de umidade ao encontrar os morros ascende e encontra camadas mais frias da atmosfera, gerando precipitação. Nesse tipo de precipitação (orográfica), responsável por casos de chuva extrema no passado também nas áreas de Florianópolis e Santos, não raro os volumes são enormes. Bairros em áreas mais abertas, perto da Baía da Guanabara, tiveram volumes baixos enquanto nos morros e perto deles ficaram entre 80 mm e 170 mm.

Modelo meteorológico WRF da MetSul horas antes já indicava risco de chuva de 100 mm a 150 mm no Rio. A MetSul já alerta que na próxima semana o avanço de massa de ar frio pela costa do Sul do Brasil deverá aumentar muito a chuva no Sudeste do Brasil comnovos eventos de chuva extrema, inclusive no Rio.  (Com fotos de Tânia Rêgo/Agência Brasil)