Um ciclone extratropical vai se formar no Sul do Brasil no final desta semana com chuva forte, temporais e vento forte, tal como a MetSul Meteorologia vem alertando desde o domingo. O sistema vai levar chuva e temporais ao Sul, Centro-Oeste e ao Sudeste do país entre sexta e sábado.

REPRODUÇÃO
Como é comum em eventos severos, as redes sociais se enchem de publicações com informações falsas e enganosas em busca de tráfego fácil e que induzem o público em erro sobre os fenômenos.
Um canal de YouTube, apresentado por pessoa que se intitula professor de Geografia, logo sem habilitação para fazer previsão do tempo que é atividade de profissional meteorologista, publicou vídeo com informações do ciclone que afetará o Sul do Brasil, muitas delas copiadas do aviso da MetSul sem atribuição de fonte (plágio), com título mentiroso.
“Urgente! Um estranho fenômeno vai se formar! Ciclone no Sul e temporais no Sudeste!”, diz o título do vídeo publicado na rede social.
Obviamente, a informação do título sobre ser um fenômeno “estranho” é absolutamente mentirosa. Ciclones no Sul do Brasil e temporais na Região Sudeste nada possuem de estranho na climatologia. Ao contrário, estranho se deixassem de acontecer.
Ciclones extratropicais são comuns no Sul do Brasil, especialmente no outono, inverno e primavera, por causa das características geográficas e climáticas da região. A formação frequente desses sistemas se deve principalmente ao encontro de massas de ar de diferentes características — quente e úmida vinda do Norte com fria e seca vinda do Sul — sobre o território do Cone Sul, especialmente sobre o Rio Grande do Sul, Uruguai, Argentina e áreas do Oceano Atlântico adjacente.
O Sul do Brasil está em uma zona de transição entre os trópicos e as latitudes médias, o que o torna um corredor natural para frentes frias e áreas de baixa pressão atmosférica que frequentemente se intensificam e se transformam em ciclones extratropicais. O contraste térmico entre o ar frio vindo da Patagônia e o ar quente tropical cria o ambiente ideal para o desenvolvimento desses sistemas meteorológicos.
Neste ano, foram quatro ciclones intensos entre o outono e o inverno. O primeiro no final de maio que favoreceu neve com acumulação, o principal em 28 de julho, o terceiro entre 19 e 20 de agosto e o quarto na primeira semana de setembro, todos com rajadas acima de 100 km/h e alguns até com picos de 130 km/h a 140 km/h.
Sempre recomendamos que o público consuma informação de previsão do tempo apenas em canais mantidos por meteorologistas, sejam eles governamentais ou do setor privado como a MetSul Meteorologia. Meteorologistas estão preparados e habilitados para levar à população informações técnicas com base em análise criteriosa.
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